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Gabigol estava escondido embaixo de uma mesa no cassino, diz delegado

Do UOL, em São Paulo

14/03/2021 12h28

A operação policial que flagrou mais de 200 pessoas em um cassino no bairro da Vila Olímpia, zona de sul de São Paulo, encontrou o atacante Gabigol, do Flamengo, escondido embaixo de uma mesa. O jogador foi levado para a delegacia e assinou um termo se comprometendo a prestar depoimento futuramente e foi liberado na sequência.

"Não gostou muito, porque ninguém gosta de ver a polícia nesse momento. Ele tentou se esconder em uma mesa atrás de umas moças. Ele é um pouquinho nervosinho com a presença da polícia, mas depois foi conduzido para a delegacia, onde foi ouvido", explicou o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), da Polícia Civil, à Globo.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) participou da operação e postou um vídeo em suas redes sociais. Ao entrar no carro da polícia, Gabigol é perguntado por alguém não identificado se participaria do jogo de hoje (14) do Flamengo. "Não, mano, que pergunta idiota do caralho", respondeu.

O Flamengo faz clássico com o Fluminense hoje, às 18h, pelo Campeonato Carioca. Gabigol e parte do elenco ainda estão de férias depois da conquista do Campeonato Brasileiro de 2020. Eles receberam 15 dias de descanso e a previsão é que retornem aos treinos na próxima semana.

A operação contou com a presença de agentes da Vigilância Sanitária, Procon-SP e as polícias Civil e Militar. O DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) vai investigar o caso. A existência de um cassino clandestino é qualificada como contravenção e não resulta em prisão. No caso de Gabigol e das demais pessoas que foram flagradas no local, é considerado uma infração. Eles não correm o risco de serem presos, segundo o DPPC.

Os chamados "jogos de azar" são proibidos no Brasil desde 1946, por decreto do então presidente Eurico Gaspar Dutra. Um Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados desde 2008, de autoria do deputado Maurício Quintella Lessa (PL-AL), tenta a liberação da exploração dos jogos de azar em hotéis e hotéis-cassinos.