Corinthians diz que saída de médico foi por conflito em volta de infectados
Depois da vitória em São Caetano do Sul, o presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, esclareceu os motivos que levaram o médico Ivan Grava a se desligar do clube. Segundo ele, uma discordância entre o tempo de retorno de atletas infectados pelo novo coronavírus foi o estopim para que Grava entregasse o cargo.
A mudança no departamento médico do Timão ocorreu horas antes da partida contra o São Caetano. Por meio de uma nota em seu site, o clube havia confirmado o desligamento do profissional.
"Quero esclarecer o pedido de demissão do Dr. Ivan Grava, e os motivos. Quero deixar muito claro o que ocorreu. Não existe nenhum problema como foi colocado de descumprimento de protocolo do dia a dia por parte de atletas, funcionários ou diretores do Corinthians. Esse não foi o motivo. Essa conversa não existiu com o Dr. Ivan", afirmou o mandatário.
"O que acorreu, para ser bem claro, é que existe um protocolo no Corinthians há praticamente um ano por causa da pandemia em relação ao retorno dos atletas infectados. Existe um protocolo que é utilizado pela OMS [Organização Mundial de Saúde], aceito e utilizado pelo Corinthians, CBF, Conmebol e Fifa. E deixar muito claro que os atletas infectados com sintomas leves ou sem sintomas, eles podem, com dez dias, voltar a exercer a sua atividade profissional. No treino, muitas vezes, são avaliados, em três ou quatro dias podem voltar às atividades físicas. Já com sintomas moderados, com a necessidade de internação, aí tem de se cumprir um período maior de 15 dias".
O Corinthians, por sua vez, entendeu que não era necessário cumprir o prazo que havia sido estipulado por Dr. Ivan:
"O Corinthians, em todo esse tempo, retornou os seus atletas baseado em ciência, em saúde e todo o nosso departamento médico. Tivemos atletas já jogando com dez dias após o exame detectar a infecção, então, existiu uma discordância entre o tempo de retorno que o Dr. Ivan Grava passou e do Corinthians e todos os outros clubes vêm fazendo há praticamente um ano dessa pandemia."
"Nós conversamos internamente, conversamos com o Dr. Ivan Grava. Então, não foi o presidente que determinou que o atleta volte. Existe um corpo médico que se reuniu e o que foi discutido foi o protocolo que tem sido utilizado durante um ano recomendado por órgãos de saúde. Então, ficou resolvido que poderia retornar antes do previsto pelo Dr. Ivan. O Dr Ivan se sentiu desautorizado e achou melhor pedir demissão", acrescentou.
A partir de agora, o departamento médico ficará a cargo de Michel Youseff Muniz Domingos, Ana Carolina Râmos e Corte e Eures Soncini Facci, além de Júlio Stancati, que se recupera da covid.
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