Técnico do Cruzeiro feminino é detido por desacatar fiscal da covid-19
Um treino da equipe feminina do Cruzeiro virou caso de polícia. O técnico Marcelo Frigério, conhecido como Tchelo, foi detido pela Polícia Militar de Minas Gerais na última sexta-feira (12) após desacatar uma profissional da vigilância de saúde em Juatuba, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, no momento de uma fiscalização pela alta nos números da covid-19 no Estado. O caso veio à tona hoje (15).
Tchelo precisou ser encaminhado a uma delegacia no município para prestar depoimento e depois foi liberado, após garantir que compareceriam à audiência no Juizado Especial Criminal de Mateus Leme, cidade vizinha ao ocorrido, no dia 13 de abril, para esclarecimento dos fatos relatados no boletim de ocorrências lavrado pela PM.
A informação da detenção de Marcelo Frigério foi confirmada pelo UOL Esporte com o próprio Cruzeiro, que emitiu nota oficial sobre o caso.
"O Cruzeiro Esporte Clube lamenta o ocorrido na última sexta-feira, no Estádio Curumim, em Juatuba, onde a equipe de futebol feminino realizava as suas atividades de pré-temporada. Na ocasião, fiscais sanitários compareceram ao local e solicitaram que as jogadoras deixassem o espaço, sem qualquer educação ou cortesia que lhes competia no exercício da função.O treinador Tchelo foi convidado a prestar esclarecimentos na delegacia e o mesmo relata que as palavras, no momento de tensão, foram dirigidas a Geraldo Ricardo Lima, que também é o presidente da Liga de Desportos de Juatuba, e que, por motivo desconhecido, não estaria satisfeito com a presença da equipe feminina na cidade", diz parte do comunicado oficial da Raposa.
De acordo com relatos no boletim de ocorrências, o treino celeste no estádio Curumim não respeitava o limite de pessoas presentes, já que havia mais de 33 indivíduos no local, além de que alguns estariam sem máscara, o que desrespeita o decreto da prefeitura no que tange às medidas restritivas de combate à pandemia.
"Ele [Marcelo Frigério] alega que no fervor do momento e pela maneira como as atletas estavam sendo tratadas, tentou agir, de forma a protegê-las, mas negou com veemência que houve qualquer agressão verbal ou física a qualquer membro feminino da equipe de fiscalização", garantiu o Cruzeiro em outro ponto da nota oficial.
Leia na íntegra a nota do Cruzeiro sobre o caso
O Cruzeiro Esporte Clube lamenta o ocorrido na última sexta-feira, no Estádio Curumim, em Juatuba, onde a equipe de futebol feminino realizava as suas atividades de pré-temporada. Na ocasião, fiscais sanitários compareceram ao local e solicitaram que as jogadoras deixassem o espaço, sem qualquer educação ou cortesia que lhes competia no exercício da função.
O treinador Tchelo foi convidado a prestar esclarecimentos na delegacia e o mesmo relata que as palavras, no momento de tensão, foram dirigidas a Geraldo Ricardo Lima, que também é o presidente da Liga de Desportos de Juatuba, e que, por motivo desconhecido, não estaria satisfeito com a presença da equipe feminina na cidade. Ele alega que no fervor do momento e pela maneira como as atletas estavam sendo tratadas, tentou agir, de forma a protegê-las, mas negou com veemência que houve qualquer agressão verbal ou física a qualquer membro feminino da equipe de fiscalização.
O Cruzeiro destaca que Marcelo Frigerio, o Tchelo, tem 23 anos de atuação no futebol feminino, com uma trajetória respeitada dentro e fora dos gramados. O Clube lamenta profundamente que o ocorrido, em um momento delicado como este de pandemia, que afeta a todos, tenha tomado esta proporção. E a instituição tomará todas as providências cabíveis para proteger os seus profissionais e as suas atletas.
O Clube destaca ainda o apoio total e irrestrito da Prefeitura de Juatuba, que tomará medidas administrativas sobre o caso.
O Cruzeiro Esporte Clube reforça e apoia a luta para que todas as mulheres ganhem cada vez mais voz, e sejam respeitadas em todos os espaços, valorizando a pluralidade.
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