Botafogo 'driblou' vazamentos e analisou cenários antes de anunciar CEO
O Botafogo anunciou, ontem (17), o novo CEO (Chief Executive Officer), assunto que gerou grande expectativa e até certa tensão nos bastidores. A oficialização do acerto com Jorge Braga, inclusive, poderia ter até mesmo acontecido antes, mas tanto a diretoria Alvinegra quanto a Exec, empresa contratada para auxiliar no processo seletivo, tiveram de driblar um importante contratempo.
Quando a seleção encaminhava para a reta final, ainda em fevereiro, os nomes dos três finalistas vazaram, o que fez com que tudo fosse paralisado e revisto, e a programação sofresse alterações. Inicialmente, a intenção era divulgar o escolhido no começo de março.
"Estávamos avançando super bem. O vazamento das informações e algumas coisas que saíram, não só do nome dos candidatos, atrapalharam o andamento. Quando a informação vaza, você manifesta não só a opinião dos torcedores, mas da mídia, investidores. Então, o processo foi praticamente paralisado. Foi algo que atrapalhou muito. Paramos, entendemos como íamos trabalhar as principais informações, e organizamos baseado na lei geral de proteção de dados", disse Lúcio Daniel, da Exec.
"Revimos o fluxo de informação dentro do Botafogo, reduzimos o número de pessoas, mudamos o fluxo de decisão, e pensamos em outros nomes e cenários, porque poderíamos perder aqueles candidatos. Mas conseguimos trabalhar e manobrar rapidamente", completou.
O nome de Jorge Braga estava na lista tríplice, ao lado de Claudio Hermolin e Marcus Vinicius Freire, que já ocupou este cargo no Fluminense. O agora dirigente estava na Claro, é fundador da 360° Assessoria de Resultados e Participações e já ocupou várias posições em grandes empresas, como Nextel, Embratel, NET, Telemar/Oi, Xerox e Lexmark Brasil.
"O Botafogo vai colher um fruto absurdo. Acho que será um case no Brasil", indica Lúcio, que revelou que a aceitação do Alvinegro no mercado foi muito boa, mesmo com a crise financeira pela qual atravessa.
O executivo da Exec acredita ainda que os clubes vão buscar novos profissionais no mercado em busca de mudanças na gestão.
"Tudo que o futebol está enfrentando, esse desejo pela profissionalização, clube empresa, novos investimentos, clubes de fora querendo entrar... O ambiente esportivo está passando por isso e os clubes estão se mostrando mais abertos", afirmou.
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