Com 'reforços' de titulares, Roger começa a impor seu estilo no Fluminense
A vitória sobre o Boavista pelo Campeonato Carioca foi muito mais importante para o Fluminense do que apenas pelos três pontos. Com o reforço de alguns titulares, o técnico Roger Machado começou a dar ao time um pouco mais do seu estilo para 2021.
De olho na Copa Libertadores, que se inicia para o clube em aproximadamente um mês, o técnico aproveitou o retorno de peças mais tarimbadas para fazer algumas modificações no time que encerrou o Brasileirão com nove jogos de invencibilidade sob o comando de Marcão, agora seu auxiliar. Sem ser radical e mantendo boa parte da estrutura, Roger já começa a apostar em novidades táticas.
A começar pelo meio de campo mais encorpado, com a presença de um volante à frente da zaga, o novo técnico busca proteger melhor sua defesa. A ideia mostra não só uma preocupação com o Flu, mas também uma evolução em seu próprio trabalho, após armar o Bahia que sofreu com os ataques adversários em 2020.
Mesmo com jogadores de mais mobilidade no setor em Bacaxá, Roger buscou sempre a ideia de um tripé no meio, dando a Michel Araújo liberdade um pouco mais à frente para encostar em Gabriel Teixeira, Lucca e Samuel. Estrutura que deve ser mantida com os retornos de Nenê, Luiz Henrique e Fred ao time titular. Resta uma vaga no ataque.
O primeiro tempo do jogo de ontem foi de pouca inspiração e falhas na compactação, abrindo espaços grandes entre os setores. Já na segunda etapa, mesmo sem mexidas após o intervalo, o Tricolor já teve Yago um pouco mais solto, e não à toa, o camisa 20 pisou na área para abrir o placar logo aos 4 minutos.
Tudo isso antes das mexidas que pareceram ser um teste de sucesso: sacar um meia para escalar um volante. Com Wellington na vaga de Michel Araújo, o tripé se encorpou, adiantando de vez Martinelli e Yago, dando campo aos laterais e aproximando Kayky, na ponta esquerda, de John Kennedy, se movimentando em diagonais.
"Importante ter eles como alternativa, e que alguns deles consigam alcançar o protagonismo e nos ajudarem em campo, se tornar titulares, ajudar o clube a se tornar campeão, jogar um futebol que permita alavancar a atuação do time. Quando lançamos os jogadores jovens, hoje, conseguimos manter o mesmo nível. A importância deles é muito grande. Tão importante quanto o Estadual é colocar os jogadores jovens em campo e garantir que alguns deles possam nos ajudar ao longo da temporada", destacou Roger.
Jovens podem ser 'reforços' mais uma vez
Para além dos titulares Marcos Felipe, Nino, Martinelli e Yago, o Flu teve seus melhores momentos com os jovens. Na ponta esquerda, Gabriel Teixeira é uma opção diferente, armando o jogo da beirada para o centro do campo. Os cortes do meia jogando de pé-trocado abrem opções nas diagonais, assim como Kayky, que ocupou o setor no segundo tempo. Foi assim que saiu o segundo gol.
"Esse é o ponto de equilíbrio, é a alquimia do processo, saber colocar os meninos na hora certa. Os mais experientes funcionam como um guarda-chuva, permitindo usar esses meninos na hora certa. A mescla é o melhor de tudo. Ter esses jovens junto aos experientes vai ser muito importante", opinou o técnico.
Com o clube alegando dificuldades para reforçar o ataque no mercado da bola — o Tricolor fechou com o lateral Samuel Xavier e o volante Wellington —, os jovens podem ser a solução mais uma vez. Além de Gabriel, Kayky e John Kennedy, o Fluminense deve ter a volta de Luiz Henrique na próxima rodada.
"Essa é a nossa proposição, dar campo para os jogadores jovens e sentir como eles vão se comportar nos compromissos mais duros. Isso pode fazer a gente mudar o planejamento e busca de jogadores com características iguais ao Gabriel e do Kayky no mercado. Além da estratégia, também tem o desejo de perceber esses jogadores, assim como o Kennedy e Samuel que já foram usados no ano passado e fizeram gols. É um pouco de cada coisa. Não é desmerecer o Estadual, mas proporcionar esses jogadores mais experiência, o que vai nos ajudar muito para o futuro", declarou.
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