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Mancini vê vitória do Corinthians no RJ como um 'prêmio' para a delegação

Jogadores do Corinthians antes da partida contra o Mirassol, em Volta Redonda - Rodrigo Coca / Agência Corinthians
Jogadores do Corinthians antes da partida contra o Mirassol, em Volta Redonda Imagem: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/03/2021 01h52

Nas últimas 48 horas, o Corinthians viveu momentos agitados nos bastidores. A princípio, o clube imaginava que iria apenas treinar durante a semana, mas com o movimento da FPF (Federação Paulista de Futebol) nos bastidores, o Timão teve o jogo contra o Mirassol agendado para esta terça-feira. Depois de vencer a equipe do interior, por 1 a 0, o técnico Vagner Mancini viu o resultado como um prêmio para a delegação do Alvinegro.

"Nós sabemos a dificuldade que foi sair de São Paulo, viajar até aqui, mas também foi para o Mirassol, não pode ser muleta. Fomos avisados ontem e precisamos montar essa estratégia de viagem, hospedagem e jogo. Todos estamos sensibilizados com tudo isso (pandemia), mas, ao mesmo tempo, a gente tem que entrar em campo, mostrar nosso valor com afinco. Diante de tudo isso, a vitória veio como um prêmio diante da dificuldade encontrada com isso e com o jogo em si", afirmou o treinador do Corinthians em entrevista coletiva.

A partida foi realizada em Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, após o governador João Doria vetar a realização de eventos esportivos em São Paulo por conta do agravamento da pandemia. Apesar disso, Mirassol, Corinthians, FPF e também a prefeitura do município fluminense concordaram em promover o jogo nesta terça.

O Timão saiu na frente ainda no primeiro tempo, com Gustavo Mosquito, e manteve o resultado até o fim do duelo. Nos acréscimos do segundo tempo, no entanto, o Mirassol teve um pênalti ao seu favor, mas desperdiçou a oportunidade de empatar a partida. Na cobrança, o meia Fabrício bateu à meia altura e parou nas mãos do goleiro Cássio.

"Quando você vence uma partida difícil, mostra que a sua estratégia deu certo. Diante daquilo que foi visto, é óbvio que muita gente pode me questionar pelas entradas de A, B ou C, ou a ausência de outros. Isso faz parte do futebol, da nossa rotina. Somos nós que estamos acompanhando diariamente os atletas. Eu imaginava um jogo intenso, sabia que nosso adversário exigiria muito da gente. Se eu entro com meias ou atacantes de fragilidades na marcação, certamente sofreríamos mais do que sofremos. O Corinthians foi competitivo e melhorou muito seu jogo na segunda etapa. Teve a oportunidade com o Ramiro e outros lances, assim como o Mirassol também teve", festejou Mancini, lembrando da dificuldade do jogo.

Depois de vencer o Mirassol, por 1 a 0, a delegação do Corinthians permanece no Estado do Rio de Janeiro. Na próxima sexta, o Timão mede forças contra o Retrô-PE, pela segunda fase da Copa do Brasil. A partida será disputada em Bacaxá, distrito de Saquarema —município distante quase 300 km de Volta Redonda, onde a equipe atuou hoje (23).

Confira outros trechos da coletiva do técnico do Corinthians:

Sobre facilidade do Mirassol em jogar pelo meio de campo

"Não acho que nosso meio campo foi frouxo, mas que tivemos dificuldade sim. Enfrentamos uma equipe que jogou bem, valorizou, ele são bem montados. Nós tivemos uma perda de pressão e de ordem tática, mais no início. Segunda etapa fomos melhores, adiantamos. As substituições, a partir dos 25 do segundo tempo... a equipe perdeu um pouco do que apresentava depois que mexi, porque quem entrou não entrou como vinha quem estava em campo, então isso acabou pesando. Sobre o Otero, vi ele extremamente competitivo, a opção do meio campo mais marcador é porque a gente sabia que o jogo seria complicado pelo que mostrou o Mirassol nos últimos jogos, pelo momento, viagem, por tudo, e pelo bom futebol que foi visto por esses jogadores contra o Salgueiro. Mantive a equipe que venceu bem fora de casa, como foi hoje".

Sobre a manutenção de Jô como titular na equipe

"Sou prova de que ele tem tentado muito melhorar, e tem melhorando, ele está indo melhor. Hoje fez um bom jogo, segurou, ganhou no alto, movimento, mas ainda distante do que ele pode ser. A gente precisa entender o que acontece e dar a possibilidade da melhora para ter sim o atleta que ele pode ser, decidir partidas, fazer gols. Ele foi importante na bola aérea, prendeu os zagueiros, segurou a bola, esperou os meias e extremos subirem... hoje ele foi excelente, após a saída a gente sentiu um pouco, ele dominava aquele setor".

Sobre a utilização dos garotos das categorias de base

"As oportunidades estão sendo dadas aos garotos. Eu não posso, de uma maneira repentina, fazer a entrada de vários garotos porque eles vão sentir as dificuldades. Hoje eu vi o Cauê com muitas dificuldades no jogo. Então nós estamos tentando amadurecer os jogadores ao longo desse tempo. É importante que eles entrem e façam parte. Vou citar o exemplo do Rodrigo, que oscilou nos últimos jogos. Hoje ele fez um bom jogo, no início ainda um pouco distante daquilo que ele mesmo pode realizar, mas ao longo da partida acabou se recuperando. Outros atletas vão entrar na equipe e ter essa dificuldade".

Sobre a manutenção do meia Otero entre os titulares durante toda a partida

"A gente tem o hábito de conversar muito com todos esses atletas. Ele foi meu atleta recentemente no Atlético-MG, ele vem extremamente dedicado nos treinamentos, batendo as faltas, mas não tem acontecido os gols no jogo e a gente obviamente lamenta. Tenho tentado tirar dele o máximo possível. Até desloquei para que ele viesse jogar no meio e não mais na extrema porque ele é um atleta bastante competitivo, mas está distante do que ele pode render"

Sobre a disputa no sistema defensivo entre Jemerson e Bruno Méndez

"Eu entendo que o Jemerson não fez um bom jogo assim como outros atletas também. Hoje na parte tática tivemos um pouco de dificuldade e essa mesma parte tática nos deu superioridade durante o jogo também em alguns momentos. Reconheço que hoje tivemos um jogo complicado, mas o mais importante é fazer esses ajustes vencendo. O Jemerson faz parte de uma defesa que não toma gol há bastante tempo, esses atletas do quarteto de trás vão oscilar, isso é natural. A gente espera dentro dessa oscilação que a gente não tome gols e o atleta pode se recuperar. Nesse tipo de situação é que é dada a oportunidade a qualquer atleta. Óbvio que, se baixar o rendimento, a gente tem não só o Méndez, mas o João Victor e o Raul também".

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