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Cinco clubes mais caros do Nordeste superam o valor de meio bilhão de reais

                                 Taça da Copa do Nordeste no Sistema Jornal do Commercio de Comunicação                              -                                 DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
Taça da Copa do Nordeste no Sistema Jornal do Commercio de Comunicação Imagem: DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM

Bruno Fernandes e Josué Seixas

Colaboração para o UOL, em Maceió

26/03/2021 04h00

Qual seria o valor do seu clube do coração se você quisesse comprá-lo com todo o elenco e estrutura disponível? Levantamento realizado pelo UOL Esporte, usando como base dados do portal Transfermarkt, especializado em finanças esportivas, mostrou quais são os cinco clubes mais valiosos que disputam a Copa do Nordeste.

Somadas, as cinco equipes mais valiosas do futebol nordestino têm valor de mercado de R$ 558 milhões. São elas: Fortaleza, Ceará, Bahia, Sport e CSA. Porém, apesar de valiosas, nenhuma está presente no top 10 nacional, que é encabeçado atualmente pelo Flamengo, com valor estimado em R$ 855 milhões.

Não bastasse a rivalidade dentro de campo, Ceará e Fortaleza também disputam o posto de mais valiosos da competição. O Fortaleza lidera a disputa, com um preço estimado em R$ 143 milhões. A equipe detentora de um título da competição regional disputa, além da Copa do Nordeste, o Campeonato Cearense e a Copa do Brasil.

Com um elenco composto por 39 atletas, o Leão também tem a sua disposição dois dos jogadores com os direitos econômicos mais caros da competição: os jovens Éderson e Isaque, que foram emprestados pelo Corinthians e pelo Grêmio, respectivamente. Somados, os atletas valem cerca de R$ 34 milhões.

O Ceará, que possui dois títulos regionais e é comandado pelo técnico Guto Ferreira, possui 33 atletas à disposição e ocupa a segunda colocação na tabela do portal especializado, com um valor de mercado estimado em R$ 136 milhões.

O Bahia é o terceiro colocado no ranking. Segundo maior vencedor da Lampions, com três títulos acumulados desde 1994, o Esquadrão tem um plantel composto por 30 jogadores e um valor de mercado estimado em pouco mais de R$ 117 milhões. Recém emprestado pelo Benfica-POR à equipe baiana, o argentino Germán Conti é o atleta mais valioso do clube, valendo cerca de R$ 16 milhões no mercado internacional.

Além de ser o clube mais endividado da competição e ter um início de temporada digno de esquecimento para qualquer torcedor, o Sport também é um dos mais valiosos da competição regional. Com um valor de R$ 108 milhões, a equipe do técnico Jair Ventura e dona de três títulos da 'Lampions League' não é detentora dos direitos econômicos do jogador mais valioso do elenco: o atacante Jonas Toró, que pertence ao São Paulo e está emprestado ao Leão da Ilha até o final de 2021.

Na quinta posição está o CSA, de Alagoas. O Azulão do Mutange, o único da lista que não figura na Série A do Campeonato Brasileiro, possui um valor de mercado de R$ 56 milhões e nunca venceu a competição regional. Há dois anos a equipe chegou a ser sondada por grupos empresariais chineses, mas o negócio não foi para a frente e o assunto nunca mais foi tocado pelo clube.

Projeto de Lei permite venda de times

A transformação dos clubes de futebol em sociedade anônima, por meio do clube-empresa, ganhou força no Congresso Nacional, após a eleição de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à presidência do Senado. O parlamentar é autor do Projeto de Lei (PL) 5516/2019, que, em teoria, promete mais investimentos privados, gestões modernas e crescimento do esporte no Brasil.

O PL de Rodrigo Pacheco propõe a criação de uma nova estrutura societária para o futebol, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que envolve um conjunto de regras específicas para o mercado do futebol. A pauta foi votada e aprovada na Câmara, mas parou no Senado Federal e ainda não há previsão para ser colocada em votação.

O projeto prevê que os clubes poderão se converter em SAFs, ou criar uma SAF como subsidiária, com os ativos relacionados ao futebol. A sociedade do clube-empresa terá o capital dividido em ações e a responsabilidade dos acionistas será limitada às ações adquiridas. O PL abre a possibilidade de pessoas físicas, empresas e fundos de investimentos controlarem os times.