Por Abel, Palmeiras volta a viver "pesadelo" na busca por centroavante
Visando atender os pedidos do técnico Abel Ferreira, o Palmeiras retomou no mercado da bola a sua busca incessante por um centroavante. Embora tenha Luiz Adriano como o grande nome da posição, o desejo do treinador português é contar com outras duas opções do mesmo nível. O histórico, no entanto, evidencia a dificuldade do clube para encontrar um goleador que se torne protagonista no time.
A última vez que adotou esse mesmo parâmetro de busca, o Verdão precisou abrir os cofres para contratar Luiz Adriano, que estava no Spartak Moscou (RUS), em julho de 2019. Para conseguir um vínculo longo de quatro anos (válido até 2023), a diretoria desembolsou 10 milhões de euros (cerca de R$ 42,3 milhões na cotação da época) por 50% dos direitos econômicos do atleta. O investimento ainda surte efeito, e o atual camisa 10 do clube tem média de 0,38 gol por jogo - 27 tentos em 71 partidas.
Um "plano emergencial" mais modesto foi montado no fim do ano passado. Depois da lesão de Wesley, o clube anunciou a contratação de Breno Lopes, até então pouco conhecido e que se apresentava como destaque na Série B pelos gols com a camisa do Juventude. O negócio foi sacramentado após o Palmeiras pagar R$ 7,5 milhões por 50% dos direitos econômicos do atleta. Tornou-se herói ao fazer o gol do título da Copa Libertadores 2020, mas é considerado apenas como alternativa na reserva.
Nos últimos anos, o Verdão tem sofrido para achar seu camisa 9 ideal. E quando encontrou, problemas apareceram no meio do caminho. Foi assim com o colombiano Miguel Borja. Considerado um dos grandes destaques na América do Sul em 2016, foi contratado por US$ 10,5 milhões (R$ 33 milhões na época) e nunca vingou com o uniforme alviverde. O jogador alcançou média de 0,32 gol por partida, mas foi pouco aproveitado e, então, emprestado ao Junior Barranquilla (COL).
Outra grande frustração do torcedor palmeirense foi o argentino Hernán Barcos. Ao contrário de Borja, El Pirata caiu nas graças da torcida pelo seu carisma e faro de gols. Em apenas uma temporada (2012), anotou 31 gols em 61 jogos - média de 0,50 - e parecia ser a solução perfeita para o ataque.
O balde de água fria, porém, se deu por causa das questões financeiras e administrativas entre o Verdão e a LDU (ECU), antigo clube do jogador. Sob a gestão do presidente Paulo Nobre, o Palmeiras preferiu se livrar da dívida (da transferência e vencimentos de salários) envolvendo-o em uma transação, até hoje muito questionada pela torcida, com o Grêmio.
Situação parecida voltou a acontecer em 2016. Depois de uma negociação arrastada com o paraguaio Lucas Barrios, então vinculado ao Spartak Moscou (RUS), o Verdão o manteve por apenas oito meses e, logo, o negociou com o Grêmio. A curta passagem dele pelo clube foi atrapalhada por lesões e desentendimento com diretoria e comissão técnica. Foram apenas 44 partidas e 13 bolas na rede.
Para além de Barcos, que possui as melhores estatísticas, a última vez que o Verdão teve um grande nome na posição (ele também fazia a função pelas beiradas do campo) foi com uma cria da Academia: Gabriel Jesus. Com ele, o time conquistou os títulos da Copa do Brasil de 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2016 e ainda lucrou R$ 76,7 milhões na transferência para o Manchester City (ING), em agosto de 2016 — o atleta só se apresentou ao time inglês no início de 2017.
É trabalho árduo para não frustrar os planos de Abel Ferreira.
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