Atlético-MG supera R$ 1 bi em dívidas turbinado por mecenato de Menin
O Atlético-MG desde o ano passado conta com a ajuda de parceiros na contratação de jogadores e, dessa forma, segue com a montagem de um esquadrão apostando em aquisições impactantes. Só nesta temporada o clube repatriou o atacante Hulk , astro internacional com passagem pela seleção brasileira, e trouxe o meia Nacho Fernández, um dos grandes destaques do River Plate (ARG). Mesmo com esse auxílio no departamento de futebol a situação financeira do clube é muito preocupante.
Ao apresentar o balanço patrimonial referente a 2020, o Galo vai demonstrar uma dívida global superior a R$ 1 bilhão. O principal motivo são os empréstimos feitos pela família Menin que superam R$ 200 milhões. Além disso, há os impactos da pandemia da covid-19 nos cofres do clube na última temporada. Essa informação da previsão da dívida bilionária foi anunciada pelo Superesportes e confirmada pelo UOL Esporte.
O aumento da dívida, portanto, deve superar os R$ 300 milhões no período de referência de 2020, o que aumenta o buraco onde o clube já se encontrava —em 2019 o balancete havia demonstrado uma dívida líquida de R$ 656 milhões. Não fosse uma "manobra" da última diretoria a dívida total seria maior. É que foi contabilizada nas contas alvinegras no ano retrasado uma doação de R$ 49 milhões, do empresário Rubens Menin — mecenas que injeta dinheiro no caixa atleticano —, o que fez o Galo apresentar rombo de apenas 5,8 milhões no período.
O detalhe é que esse montante aportado não foi doado em dinheiro, mas, sim, com cotas de participação na sociedade de propósito específico (SPE) responsável pelas obras da Arena MRV, futuro estádio do clube. O valor doado por Menin, forte empresário no mercado brasileiro, acabou "maquiando" a dívida real, que atingiria R$ 55 milhões e descumpriria o determinado pelo Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut.
O próprio Rubens Menin como pessoa física já emprestou um valor estratosférico ao Atlético-MG. Até outubro de 2020 foram aproximadamente R$ 200 milhões, como mostrou o UOL no blog do Rodrigo Mattos. Cinco meses depois esse valor já ultrapassou a casa dos R$ 300 milhões, utilizados como investimento e não para amortização de dívidas, emprestados ao clube com taxas mais baixas do que as praticadas por bancos e sem prazo determinado para pagar.
Segundo uma fonte informou à reportagem, a dívida líquida do Atlético-MG já passou da casa de R$ 1 bilhão. E o próprio ex-presidente Sérgio Sette Câmara disse que a situação do clube seria ainda mais complicada não fossem os investimentos do "Grupo dos 4 R's", composto por Rubens Menin e outros mecenas, como Rafael Menin — filho de Rubens —, Ricardo Guimarães, dono do Banco BMG, e de Renato Salvador, empresário do ramo hospitalar.
O Atlético promete apresentar um plano estratégico que demonstrará formas de quitar as dívidas do clube. A aposta está, também, nos ganhos com a Arena MRV, estádio que o clube pretende inaugurar em meados de 2022.
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