São Paulo busca soluções para tornar contrato de Daniel Alves viável
O São Paulo se articula internamente para solucionar dois problemas envolvendo Daniel Alves: a dívida de cerca de R$ 12 milhões e os valores do contrato vigente com o jogador, que termina apenas em dezembro de 2022. Internamente, o clube busca alternativas que possam viabilizar a permanência do atleta de 37 anos e também que solucionem o débito milionário herdado pela gestão de Julio Casares.
A diretoria trabalha em duas frentes a fim de acertar a situação. O departamento de marketing age ao lado do estafe do jogador, que tem à disposição Dinorah Santa Ana e Fransérgio Euripedes Ferreira Bastos, para pensar em ações na área que envolvam o dono da camisa 10. A diretoria de futebol conta com Carlos Belmonte Sobrinho e Muricy Ramalho nas conversas para mantê-lo feliz no CT da Barra Funda.
O marketing são-paulino tenta resgatar — e colocar em prática — uma ideia sugerida ainda durante a administração de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. O desejo é que o veterano, conhecido mundialmente após defender Barcelona, Juventus, Paris Saint-Germain e seleção brasileira, seja utilizado em ações que permitam acordos financeiros vantajosos. O dinheiro arrecadado nos possíveis acordos seria utilizado para pagamento do valor estipulado em seu vínculo e também da dívida de aproximadamente R$ 12 milhões.
Em dezembro de 2019, o Tricolor paulista chegou a costurar parceria com o DAZN, que transformaria o atleta em embaixador da empresa de streaming no Brasil no período em que permanecesse no Morumbi. O acordo renderia R$ 5 milhões por três anos e seria utilizado para quitar parte da remuneração do atleta. No entanto, diante da pandemia do novo coronavírus, o negócio foi desfeito no início de 2020.
O departamento de marketing e os representantes de Daniel Alves se reuniram recentemente com o intuito de traçar um planejamento de possíveis ações que envolvam o camisa 10 são-paulino e deem retorno financeiro ao clube. O desejo é que as ideias saiam do papel no decorrer de 2021, mesmo com a crise financeira recente por causa da pandemia —um desafio considerável.
Na Barra Funda, o São Paulo conta com aliados para solucionar a situação com o jogador. O diretor de futebol Carlos Belmonte Sobrinho e o coordenador de futebol Muricy Ramalho conversam diariamente com o meio-campista e são responsáveis por explicar a situação financeira do clube. Nas conversas, Dani Alves procura demonstrar compreensão sobre o momento vivido pelo Tricolor.
Nas conversas com o jogador, a dupla reconhece a dificuldade financeira e age com sinceridade: os números determinados por seu contrato estão muito acima das possibilidades do São Paulo.
O custo anual de Daniel Alves no Morumbi é de R$ 25,3 milhões. O montante em questão considera salários na CLT (Consolidações das Leis Trabalhistas), direitos de imagem e luvas. O compromisso, contudo, estabelece pagamentos mensais de R$ 500 mil na CLT. O restante é pago de forma semestral (em outubro e março), que estava livre no mercado da bola ao término do acordo com o Paris Saint-Germain, em agosto de 2019.
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