Prass torceu para Palmeiras ganhar Libertadores: "Vi de dentro a obsessão"
Depois de anunciar aposentadoria, o ex-goleiro Fernando Prass tem tido tempo para analisar o futebol, agora, como um mero espectador. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, ele elegeu Weverton como o melhor goleiro em atividade no futebol brasileiro e revelou uma promessa especial ao ex-palmeirense Dudu, hoje no Al-Duhail, do Qatar.
"Eu acho que jogando no Brasil, hoje ele é o melhor sim. Mas nós temos dois goleiros que são tops mundiais que são Alison e o Ederson. Jogando no Brasil, sem dúvidas, o Weverton é o melhor", disse.
Prass também não escondeu uma ponta de frustração ao comentar o fato de ter deixado o Palmeiras sem ter tido a chance de conquistar o título da Copa Libertadores. Depois da dispensa dele, em dezembro de 2019, o Verdão foi campeão da edição 2020, sob o comando de Abel Ferreira.
"Eu vi de dentro essa situação toda, essa obsessão, essa vontade, essa gana de ganhar. Não é fácil ganhar uma Libertadores, né? Graças a Deus, o Palmeiras conseguiu vencer. Eu, de fora, torci muito até porque eu tenho muitos amigos lá dentro, desde funcionários até jogadores, e sabia o quanto era importante para eles. Mas é claro que fica aquele gostinho, né? O Dudu deve sentir isso também de ter tentado várias vezes e não ter conseguido e agora conseguiu. Mas é um sentimento de muita felicidade".
O atacante, inclusive, é um dos amigos pessoais do ex-goleiro. Ambos se falam com frequência e até já combinaram até de fazer um churrasco na casa de Prass, em São Paulo:
"Eu conversei com ele essa semana. Já combinamos porque ele vem em maio para o Brasil. Eu estava fazendo um churrasquinho aqui e mandei uma foto do assado de tira para ele aqui, e ele disse que nunca comeu. Eu prometi fazer para ele assim que voltasse para o Brasil".
Fim da carreira no Ceará e noção de ídolo
Logo depois de ter encerrado a carreira no Ceará, o Palmeiras fez questão de incluir Fernando Prass na lista ídolos em seu site oficial. Centenas de mensagens de palmeirenses brotaram na internet e fizeram o ex-jogador refletir sobre a real dimensão de entrar para a história do clube.
"Quando sai um pouco, consegue ter uma noção melhor. Eu já estava sete anos no Palmeiras e foi muito legal. Foi um ano difícil por causa da pandemia, eu joguei 52 jogos em seis meses: esse é um número absurdo para um cara de 42 anos, ainda mais com dificuldade que se tem de logística lá no Nordeste. Nós viajamos, no Campeonato Brasileiro, 90 mil quilômetros contra 29 mil de um time de São Paulo. Mas foi muito bom poder encerrar a carreira jogando 52 partidas, sendo campeão, uma coisa difícil pra caramba no futebol", falou.
"Eu comecei lá no Grêmio, em 1999, sendo campeão e terminei em 2021 sendo campeão. Eu passei de século sendo campeão, e isso para mim foi sensacional. Quando eu saí do Palmeiras para o Ceará, a minha ideia era acabar a carreira da maneira que sempre fui, me dedicando ao máximo. No Ceará, pude jogar bastante", afirmou.
"E agradeço também, porque, às vezes, as coisas acontecem de uma maneira que não entendemos, mas pude conhecer pessoas maravilhosas lá, pude conhecer um outro mercado do futebol. Conheci, principalmente, pessoas - jogadores, funcionários, diretores e treinadores que, com certeza, me ajudarão muito na minha continuidade da carreira no futebol", encerrou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.