São Paulo vê dívida por Tchê Tchê em R$ 22 milhões e negocia com ucranianos
O São Paulo negocia a dívida pela compra dos direitos econômicos de Tchê Tchê com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia. O débito, hoje, está avaliado em cerca de 3,25 milhões de euros (R$ 22 milhões na cotação atual). O Tricolor busca um acordo diretamente com os europeus. A ideia é evitar uma sanção da Fifa por causa da falta de pagamento pela contratação do meio-campista, ocorrida em março de 2019 e feita por Alexandre Pássaro e Raí.
A compra do volante no mercado da bola, estabelecida em 5 milhões de euros (R$ 22 milhões à época), seria paga de forma parcelada. Contudo, a gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, antecessor de Julio Casares, desembolsou cerca de 1,75 milhão de euros (R$ 11,84 milhões na cotação atual), não cumpriu os demais prazos à risca e foi obrigada a renegociar o modelo de pagamento de uma das prestações. A repactuação também não foi cumprida, o que irritou os ucranianos. Em janeiro de 2020, o ex-clube de Tchê Tchê foi à Fifa com o intuito de cobrar o valor.
O caso tramita no tribunal da entidade que rege o esporte desde então e pode ter uma sentença nos próximos 60 dias, o que preocupa a atual gestão são-paulina. Com a promessa de que reduzirá a dívida do clube, hoje avaliada em R$ 580 milhões, o presidente Julio Casares colocou a situação envolvendo o meio-campista como prioridade. O desejo é chegar a um acordo com o Dínamo de Kiev e encontrar uma nova forma de pagamento para parcelar o valor.
Há conversas em andamento entre representantes do São Paulo e do Dínamo de Kiev. Os paulistas tentam um acordo antes de uma decisão vinda da Fifa. O Tricolor quer evitar sanções desportivas e possíveis multas impostas pela entidade em clubes inadimplentes. O clube também acompanha o crescimento da dívida por causa da desvalorização do real em relação às moedas internacionais, especialmente o euro, utilizado como base do acordo.
Ainda no Morumbi, Tchê Tchê tem contrato com o Tricolor até março de 2023. O meio-campista de 28 anos é considerado reserva no plantel comandado por Hernán Crespo. Entretanto, tem atuado com frequência nesta temporada. Ele participou de três jogos do time no Campeonato Paulista e fez um gol.
A situação é idêntica à de Pablo, noticiada ontem (30) pelo UOL Esporte. Depois de ver a dívida com o Athletico-PR pela aquisição do atacante crescer, devido à incidência de juros, multa e atualização monetária, os paulistas conseguiram um acordo para desembolsar R$ 15 milhões em seis prestações até setembro de 2021.
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