SPFC: Casares não descarta reforços desde que não 'comprometam orçamento'
O presidente do São Paulo, Julio Casares, avaliou a possibilidade de contratar mais reforços para o clube e explicou as recentes movimentações do tricolor paulista no Mercado da Bola.
Em entrevista ao programa "Os Donos da Bola", da TV Bandeirantes, o mandatário não descartou a possibilidade de chegarem novos atletas, desde que não comprometam o orçamento feito para a temporada atual.
"Nenhum clube contratou como nós. São seis atletas. Não significa que parou. Podemos avaliar oportunidades de mercado, mas a base de contratações está feita. Os jogadores estão treinando. Se tiver uma oportunidade que não comprometa o orçamento, vamos avaliar", ressaltou Casares.
As contratações do São Paulo na temporada até agora foram Benítez (ainda falta apresentar), Bruno Rodrigues, Éder, Miranda, Orejuela e Willian.
O dirigente também explicou as negociações com Gabriel Neves e Borré, que não foram bem-sucedidas, e citou outras como a do atacante Pablo, que, segundo ele, dá "sinais de reação" no time.
"Chegamos no nosso limite de proposta pelo Gabriel Neves. E o Nacional vinha sempre com novas ideias. Saímos da negociação. O Borré é um grande jogador, o São Paulo sempre pode pretender, desde que consigamos equacionar um investimento. Mas trouxemos o Eder, temos o Luciano, o Pablo dá sinais de reação. Então, não podemos iludir a torcida. Não vamos contar com um investidor", disse, antes de complementar:
"Com o Kanu, zagueiro canhoto, tínhamos uma boa avaliação técnica e fomos na nossa responsabilidade. Queríamos abater o valor de uma dívida do Botafogo conosco. Mas eles disseram que não. Como a gente vai pagar integral para um clube que deve R$ 5 milhões? Então saímos da negociação", explicou.
Estamos trabalhando para ter apoio de investidores, mas não para emprestar dinheiro. Não temos expectativa, por ora, de trazer um jogador como o Borré.
Demissão de Diniz
Casares também explicou a demissão do técnico Fernando Diniz no começo do ano e disse que ele não foi demitido antes para não ser apontado como "aquele que avalia o técnico por uma apresentação".
"Mesmo quando perdeu do Inter, uma derrota dura, difícil, se a gente age na emoção e demite o técnico, nós poderíamos ser apontados como aqueles que avaliam o técnico por uma apresentação. Na sequência, tínhamos dois jogos em que poderíamos fazer seis pontos, contra Coritiba, empate, e derrota para o Atlético-GO. Aí, veio a convicção de que deveríamos intervir. Pensei em fazer isso antes. Já tínhamos o diagnóstico, mas não dava para fazer isso antes", explicou.
O elenco é muito bom, fica nosso reconhecimento pelo avanço do São Paulo para chegar em quarto lugar com o ex-técnico Diniz e também com o Vizolli, que assumiu uma parada difícil como interino.
O caminho é vender
Casares lamentou a atual situação financeira do clube, que precisa contar com o dinheiro de venda de jogadores para saldar dívidas. O dirigente admite que não é o ideal, mas salienta que não há outro caminho para o São Paulo neste momento.
"O Brenner quase foi dispensado e acabou sendo uma grande venda do clube. Por isso, vamos investir cada vez mais na base. Temos o Walce, o Diego Costa, o Gabriel Sara, Igor Gomes, Rodrigo Nestor, temos grandes jogadores. Temos que revelar e vender quando necessário. Acho que vamos passar dificuldade em 2021, mas em 2022 vamos chegar com um elenco cada vez mais forte", concluiu Casares.
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