Campeão brasileiro no comando do Flamengo na temporada 2020, Rogério Ceni comandou o time pela primeira vez no Campeonato Carioca, após ter passado um período treinando apenas os titulares enquanto uma equipe alternativa disputava a competição. Se havia a expectativa de algo diferente a ser apresentado pela equipe, a primeira impressão agradou ao torcedor rubro-negro nos 3 a 0 diante do Bangu, ontem (31), em Volta Redonda.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte com os jornalistas Vinícius Mesquita, Renato Maurício Prado, José Trajano e Alícia Klein, a forma como o Flamengo se apresentou após o período de preparação com Rogério Ceni é analisada por Renato, que viu o treinador encaminhando o time para jogar de uma forma mais parecida com a adotada nos tempos de Jorge Jesus e que não havia aparecido com o ex-goleiro até então.
"A minha alegria foi ver que o Ceni, não sei se por reconhecimento próprio, se chegou a isso, a essa conclusão sozinho, ou se em conversa com os jogadores, o que eu acho mais provável, é que ele tenha admitido que essa é a melhor maneira de jogar do Flamengo, porque o Rogério Ceni não jogava assim no Fortaleza, não jogava assim no Cruzeiro, não jogava assim no São Paulo, quando passou por lá. Ele nunca teve um time dele jogando com tanta liberdade ofensiva e com tanta possibilidade de deslocamentos, de troca de posições, de triangulações pelo meio", afirma Renato Maurício Prado.
"Claro que isso aí fica mais fácil quando você tem um elenco da qualidade do elenco do Flamengo, mas com esse mesmo elenco ele não conseguiu fazer esse time jogar no Campeonato Brasileiro de 2020, onde foi campeão, tudo bem, parabéns, mas não conquistou a torcida, a torcida do Flamengo gostou do título, óbvio, mas tinha ainda — e ainda tem, não vai ser esse jogo que vai mudar tudo —, mas ainda tem uma resistência muito ao Rogério Ceni justamente porque ele não conseguia tirar desses jogadores o que se esperava deles, o que a gente já viu que eles têm capacidade para fazer. Hoje eu vi o Flamengo jogando de uma forma em que isso é possível", completa.
O jornalista afirma que havia uma apreensão para como o time se comportaria na primeira vez com um trabalho mais autoral de Rogério Ceni, com o tempo para trabalhar e ajustar a equipe de acordo com suas próprias ideias, e vê com otimismo a montagem da equipe que se apresentou ontem contra o Bangu.
"Eu sabia que eu iria ver o que o Rogério Ceni estava pretendendo para essa temporada e o que eu vi, eu gostei. Porque é um esquema, é uma tática que favorece aos jogadores de qualidade que o Flamengo tem. Esses jogadores não são para jogar amarrados em camisa de força de esquema nenhum, não são jogadores para ficar esperando a bola chegar, como por exemplo o Sampaoli exige nos times dele e como o Domènec queria exigir também", diz Renato.
"Hoje eu vi um indício de que o Ceni está procurando o melhor caminho, que é esse caminho que eu estava falando aqui hoje, isso é que me deixou alegre, não é o 3 a 0, não é a vitória, tanto que o primeiro tempo ia terminar, estava 0 a 0 e eu estava satisfeito, da maneira que o Flamengo estava jogando eu estava satisfeito. O que me agradou foi ver que ele está procurando um caminho que sempre me pareceu o melhor para esse time, até por ser muito parecido com o que o Jorge Jesus usava", conclui.
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