Patrick de Lucca faz caminho inverso ao do avô para ter chance no futebol
Para chegar ao Nordeste, o paulista Patrick de Lucca teve que fazer o caminho inverso do avô Cosme. Aos 21 anos, o meio-campista do Bahia veio para a região após cinco anos na base do Palmeiras, mas sem grandes oportunidades em seu último ano. Com a mesma idade, o avô de Patrick saiu de Vitória da Conquista, na Bahia, rumo a São Paulo para tentar fazer suas chances mudarem. Deu certo.
Quando Patrick teve de escolher um time para mudar as suas próprias chances, escolheu o Bahia por lembrar do avô. Além dos pais Marcelo e Rúbia, era Cosme quem levava e apoiava o menino no futebol. Cresceu, assim, um sentimento tal qual o do nordestino: a força para sobrepor qualquer dificuldade. Patrick subiu para os profissionais na Série A e ganhou a vaga no time principal do Bahia desde então, sendo uma das revelações do clube na Copa do Nordeste.
"Eu passei um tempo sem jogar no Palmeiras, mas o Carlos Amadeu (ex-técnico da seleção brasileira sub-17 e sub-20) sempre me viu jogar e começou a conversar comigo. Conversávamos bastante, com conselhos, e foi ele quem me fez ter esse contato com o Bahia, além de ter me dado dicas de como me adaptar mais rápido. Fiz amizade com os jogadores do clube, teve aquela resenha, e sei que podemos contar uns com os outros", disse Patrick em entrevista ao UOL Esporte.
Pela Copa do Nordeste, o Bahia está na 3ª posição do Grupo A, com 10 pontos conquistados em três vitórias, um empate e três derrotas. O Esquadrão é o time que mais balançou a rede na competição, com 14 gols até o momento, e a oscilação entre goleadas e derrotas é uma preocupação para o time. Segundo Patrick, ainda é uma época de ajustes.
A última rodada da Copa do Nordeste será disputada no próximo sábado, às 16h, e o Bahia enfrenta o ABC.
"O calendário é bem apertado. Estamos chegando agora nas decisões das competições, especialmente nessa última rodada da Copa do Nordeste, e temos que dar nosso melhor. Não faz nem dois meses que estamos lutando para nos manter no Brasileirão e também nos classificando para a Sul-Americana, então não tivemos um tempo bom de descanso para recomeçar a temporada", afirmou.
Segundo Patrick, de todos os jogos do regional, o mais difícil foi contra o CSA, de Alagoas. Na ocasião, o Bahia vinha de vitória por 4 a 0 contra o Sport e foi derrotado pelos alagoanos por 2 a 0. Os desafios do Nordestão, na visão do jogador, é que todos os times são bem treinados. Contra o Azulão, dentro de campo, ele conta que conseguia perceber que os jogadores obedeciam taticamente aos pedidos do treinador.
"O bom de um regional como esse é que todo jogo é desafiador, porque tem muitas rivalidades. Não ficamos só no nosso Estado, mas construímos rivalidades com quem está no Ceará, em Alagoas, em todo lugar. Uma coisa que quero conhecer é o calor da torcida, porque sei que aqui no Nordeste também tem muito isso. A pandemia não deixa, temos que manter os cuidados, mas é algo que quero muito sentir".
Patrick vive com a noiva, Bárbara, e não vê os pais há quatro meses. Tem primos no Nordeste e quer ver todos, além de trazer de volta os avós para reverem os lugares em que passaram as suas juventudes. Com contrato renovado até dezembro de 2022, há tempo.
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