"Ataque sublime": veja as reações da imprensa francesa com a vitória do PSG
Uma vitória "a ser degustada gelada", diz o diário esportivo francês L'Équipe sobre a vitória de 3 a 2 do Paris Saint-Germain sobre o Bayern na noite de quarta-feira (7), em Munique, debaixo de neve, pela Liga dos Campeões.
O jornal Le Parisien chama o time de "heróico" e diz que ele "faz milagres". Já o Le Figaro fala em "ataque sublime". O jogo de volta será na próxima terça-feira, 13 de abril, em Paris.
"Heróico" foi também a definição do site Le Figaro/Sport 24 para o ataque do PSG. Com dois gols de Mbappé (aos 3 e 68 minutos) e um de Marquinhos (aos 28 minutos), o clube parisiense voltou a empolgar críticos e torcedores. O goleiro costa-riquenho Keylor Navas segurou um bombardeio de finalizações dos alemães e assegurou a ótima vantagem ao PSG. Já o campeão do mundo Manuel Neuer, goleiro do Bayern, deixou passar muitas bolas.
Depois de ter sido expulso contra o Lille no sábado (3), Neymar celebrou sua volta aos gramados com uma atuação celebrada pelos críticos. As duas assistências foram belas jogadas, especialmente a segunda, para Marquinhos, aos 28 minutos do primeiro tempo, lançando com a canhota.
L'Équipe destacou o esquema tático do PSG: "Mauricio Pochettino alinhou seus três jogadores mais técnicos (Neymar, Di Maria, Draxler) atrás de Mbappé com duas consequências nas fases ofensivas: 1- Uma boa qualidade de 'lançamento' em profundidade, enquanto este foi reduzido pela ausência de Marco Verratti e Leandro Paredes (inclusive Alessandro Florenzi). 2- Capacidade de resistir à pressão do Bayern quando perdiam a bola ou quando armavam um ataque".
Para a imprensa alemã, a derrota foi uma piada
Já a imprensa alemã, que destacou o fato de o Bayern ter ido melhor (foram 31 finalizações contra 6 do PSG), classificou a derrota do time de Munique como "uma piada" e até como "um presente de Páscoa atrasado (para o PSG)".
O Frankfurter Allgemeine Zeitung resume: "As coisas mudaram desde a final de Lisboa, há oito meses. Mas uma coisa não mudou durante esses extraordinários oito meses de coronavirus: não deixe Kylian Mbappé e Neymar entrarem em campo. O Bayern encontra-se ameaçado de abandonar a Liga dos Campeões nas quartas-de-final. O time não conseguiu parar Mbappé, que marcou dois gols."
O Suddeutsche Zeitung sublinhou: "No espetáculo de inverno, o Bayern perdeu a primeira mão das quartas-de-final contra o Paris por 2-3. Quase tudo que funcionou no duelo final do ano passado, desta vez, falhou", lamenta o jornal do sul da Alemanha.
Die Welt vai mais longe: "Os campeões em título agora correm o risco de ser eliminados prematuramente, principalmente porque foram negligentes. É um presente tardio de Páscoa que o Bayern deu aos seus adversários. Se perderam nas melhores oportunidades de ataque, ajudaram a sofrer todos os gols com o seu comportamento defensivo irregular".
Por fim, o Focus online lança rajadas vermelhas sobre os bávaros: "O Bayern foi melhor que o PSG: esta derrota é uma piada (...) mas falhou devido à sua atípica incapacidade de converter as suas oportunidades em gols e à sua conhecida defensiva fraquezas".
"Neuer nem sempre merece elogios"
Em entrevista reproduzida pelo Le Parisien, o treinador do Bayern de Munique diz que continua otimista. Hans-Dieter Flick se expressou após o jogo: "Dominamos a partida". "Tenho de elogiar a minha equipe pelo estilo de jogo, pelo estado de espírito. Ainda temos um jogo em Paris. Vamos nos concentrar em retornar o resultado. Essa derrota não muda nossa mentalidade."
Questionado sobre os gols de Mbappé e Marquinhos, ele explica: "Quando você sofre gols, você erra, falha. Poderíamos ter evitado os três gols, o que dói ainda mais. Não podemos mais mudar o resultado, mas espero que possamos alterá-lo na próxima terça-feira", diz, confiante. "Poderíamos ter marcado mais quatro ou cinco gols", continua.
"Faremos tudo para devolver este resultado. O Paris Saint-Germain é uma equipe muito forte, mas podemos vencê-los, podemos 'fazer mal' a eles, queremos aproveitar a partida de volta. Podemos ser eficientes na próxima terça", afirmou.
Flick não acusou Manuel Neuer, culpado no primeiro gol do jogo: "Acontece que o goleiro não para todas as bolas. O chão estava escorregadio. Manuel nem sempre recebe elogios", fiinalizou o técnico do time alemão.
Em outra matéria sobre o jogo, Le Parisien diz que, enquanto aguarda o jogo de volta, "o PSG se dá o direito de sonhar".
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