MP arquiva inquérito com acusação de racismo contra Índio Ramírez
O Bahia divulgou nesta sexta-feira (9) nota oficial informando sobre o arquivamento feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) do inquérito aberto pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos do Rio de Janeiro para investigar o atacante Índio Ramírez por suposto crime de racismo cometido contra o meio-campista do Flamengo, Gerson.
O episódio aconteceu no dia 20 de dezembro, no Maracanã, em jogo válido pelo Brasileirão. Na ocasião, o atleta do time carioca saiu de campo afirmando ter ouvido do atleta do Bahia a seguinte frase: "cala a boca, negro". Ramírez se defendeu das acusações e disse que respondeu Gerson com a frase "joga rápido, irmão".
"O Esporte Clube Bahia vem a público registrar o arquivamento do inquérito instaurado em face do meia-atacante colombiano Índio Ramírez por parte da Justiça do Rio de Janeiro", informou a nota.
Ainda segundo o clube, Ramírez, que se recupera de uma cirurgia no joelho, está agora ainda mais tranquilo e determinado a voltar o quanto antes a defender o Esquadrão. O colombiano chegou a ser afastado pelo Bahia no dia 21 de dezembro de 2020, mas foi reintegrado três dias depois.
A investigação já havia sido encerrada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva no dia 2 de fevereiro quando o auditor Maurício Neves Fonseca determinou o arquivamento do inquérito.
Segundo o relator, todas as pessoas ouvidas, dentre elas o árbitro, os assistentes, o delegado da partida e o então técnico do Bahia Mano Menezes declararam não ter ouvido Ramirez dizer ao atleta Gerson a frase pela qual foi acusado.
O relatório conclusivo cita que as imagens de vídeo e os laudos apresentados no inquérito desportivo não comprovaram a prática da infração disciplinar de Ramírez, que negou o fato em depoimento ao STD.
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