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MP arquiva inquérito com acusação de racismo contra Índio Ramírez

Ramírez e Gersinho durante partida no Maracanã - Alexandre Vidal/Flamengo
Ramírez e Gersinho durante partida no Maracanã Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Bruno Fernandes e Josué Seixas

Colaboração para o UOL, em Maceió

09/04/2021 18h24Atualizada em 09/04/2021 20h33

O Bahia divulgou nesta sexta-feira (9) nota oficial informando sobre o arquivamento feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) do inquérito aberto pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos do Rio de Janeiro para investigar o atacante Índio Ramírez por suposto crime de racismo cometido contra o meio-campista do Flamengo, Gerson.

O episódio aconteceu no dia 20 de dezembro, no Maracanã, em jogo válido pelo Brasileirão. Na ocasião, o atleta do time carioca saiu de campo afirmando ter ouvido do atleta do Bahia a seguinte frase: "cala a boca, negro". Ramírez se defendeu das acusações e disse que respondeu Gerson com a frase "joga rápido, irmão".

"O Esporte Clube Bahia vem a público registrar o arquivamento do inquérito instaurado em face do meia-atacante colombiano Índio Ramírez por parte da Justiça do Rio de Janeiro", informou a nota.

Ainda segundo o clube, Ramírez, que se recupera de uma cirurgia no joelho, está agora ainda mais tranquilo e determinado a voltar o quanto antes a defender o Esquadrão. O colombiano chegou a ser afastado pelo Bahia no dia 21 de dezembro de 2020, mas foi reintegrado três dias depois.

A investigação já havia sido encerrada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva no dia 2 de fevereiro quando o auditor Maurício Neves Fonseca determinou o arquivamento do inquérito.

Segundo o relator, todas as pessoas ouvidas, dentre elas o árbitro, os assistentes, o delegado da partida e o então técnico do Bahia Mano Menezes declararam não ter ouvido Ramirez dizer ao atleta Gerson a frase pela qual foi acusado.

O relatório conclusivo cita que as imagens de vídeo e os laudos apresentados no inquérito desportivo não comprovaram a prática da infração disciplinar de Ramírez, que negou o fato em depoimento ao STD.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, o arquivamento do inquérito foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.