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Tchê Tchê 'foge da camisa 5' no Atlético-MG e fala de reencontro com Cuca

Primeiro reforço da "nova Era Cuca" no Galo, Tchê Tchê foi apresentado no CT alvinegro nesta sexta-feira  - Pedro Souza/Atlético-MG
Primeiro reforço da 'nova Era Cuca' no Galo, Tchê Tchê foi apresentado no CT alvinegro nesta sexta-feira Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

09/04/2021 10h41

Os números das camisas no futebol carregam uma pesada simbologia e isso fez com que o volante Tchê Tchê, novo reforço do Atlético-MG, levasse em consideração tais significados para escolher qual numeral carregar nas costas em sua camiseta, agora nos tons preto e branco. Meio-campista de origem, o jogador escolheu o número 37 para vestir e explicou os motivos: não ficar marcado como um jogador só de marcação.

"Com certeza não sou esse cara de marcação. Até me foi sugerido pegar a camisa cinco na minha chegada. Conversando com a minha família eu preferi não, porque é uma camisa ligada a jogadores de marcação. Pierre — volante que atuou no clube entre 2011 e 2015 — já jogou aqui com essa camisa, então é bom sair um pouco disso. Minhas características são outras, claro que vou entregar tudo, ajudar na marcação, mas minhas principais características são outras", explicou.

O UOL Esporte apresentou recentemente características de Tchê Tchê e pelo histórico do jogador em outros clubes, principalmente Palmeiras e São Paulo, o estilo de jogo do volante está longe de ser como foi o de Pierre, citado por ele próprio.

O ex-camisa 5 alvinegro tinha a fama de "pitbull" por ser mais aquele jogador de "limpar as jogadas", de desconstrução das tentativas ofensivas dos adversários, e não de uma peça mais de transição ofensiva. O que fica mais dentro do perfil do próprio Tchê Tchê, que apesar da versatilidade e de ter jogado como lateral, ponta e até meia, prefere mesmo a posição de segundo volante.

"Claro que já ajudei em outras posições, mas deixo claro que minha posição de origem é meio-campista. Um cara que pode ajudar na marcação e também ter a chegada ao ataque. Então, o Atlético-MG está muito bem servido em todas as posições, eu venho para brigar pelo meu espaço e para ajudar no meio-campo mesmo", explicou, falando de suas virtudes.

"A gente sempre tem que estar em alto nível, desempenhando um bom futebol. Essa é uma das grandes virtudes [passe]. Tenho treinado bastante as chegadas e chutes de fora da área. Quero fazer gols no Atlético-MG e é isso, venho para ajudar e ganhar títulos aqui também", enfatizou.

Amizade com Cuca

Tchê Tchê trabalhará com Cuca pela terceira vez na carreira. Antes, por duas vezes, foi comandando pelo treinador no Palmeiras [2016 e 2017], e no São Paulo mais recentemente [2019]. No entanto, essa amizade antiga não garante, pelo menos na visão do jogador, uma posição de titular no concorrido 11 inicial atleticano.

"Não, de maneira alguma [será titular por conhecer Cuca de outros tempos]. É um elenco muito qualificado. Isso ajudou na minha vinda, mas dentro de campo a gente sabe como funciona. É trabalhar dia a dia, me dedicar ao máximo, mas as escolhas não cabem a mim", comentou.

O novo camisa 37 do Galo ainda disse que sua contratação teve o peso da escolha do treinador, mas houve chancela da diretoria do clube, o que o deixou feliz.

"Um treinador que dispensa comentários. Já trabalhei com ele em outros clubes, agora mais uma vez. Claro que foi importante para a minha vinda, mas é bom ouvir do Rodrigo [Caetano] que o interesse veio do clube, eles creem que eu tenho características, o que precisa para jogar aqui, entrega sempre, sempre dar o máximo por essa massa. Venho por isso, venho pelo projeto e estou extremamente contente em fazer parte desse grupo do Atlético-MG", revelou.

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