Como Flu se reforçou por Libertadores com só US$ 100 mil no mercado da bola
O Fluminense demorou, mas fechou um "pacotão" no mercado da bola e se reforçou para a disputa da Copa Libertadores. As limitações financeiras impediram alguns acordos, mas com o ciclo de negociações fechado, o Tricolor gastou apenas US$ 100 mil (cerca de R$ 572 mil na cotação atual).
Dos sete reforços do Flu para a temporada, seis deles chegam sem custos de aquisição: Samuel Xavier, Wellington, David Braz, Manoel, Cazares e Abel Hernández. Os dólares na conta do Tricolor na janela de transferências são referentes ao pagamento ao Guaraní-PAR pelo empréstimo de Raúl Bobadilla, que terá opção de compra fixada ao seu contrato de cessão até dezembro.
Sem dinheiro para grandes contratações -- previu apenas R$ 5 milhões para reforçar o elenco em 2021 --, o Flu apostou em um perfil: jogadores experientes, em fim de contrato ou livres no mercado da bola e dispostos a reduzir pedidas salariais para jogar a competição internacional.
Para isso, usou a criatividade, seguiu relatórios do departamento de scout chefiado por Ricardo Correia e aproveitou "oportunidades" de mercado. Cazares e Bobadilla, por exemplo, foram oferecidos por intermediários, mas estavam nas listas enviadas pelos analistas do clube à diretoria, como todos os outros reforços. Correia, inclusive, foi o maior defensor da contratação de atletas mais velhos e tarimbados.
O clube das Laranjeiras via a necessidade de jogadores experientes para compensar os mais jovens do elenco, que ficou ainda mais novo em média de idade com os meninos do sub-17 e sub-20 integrados ao profissional.
Além disso, dentre as contratações, apenas Samuel Xavier nunca disputou a Libertadores, o que também era visto como uma carência no elenco, onde só Muriel e Ganso conquistaram o torneio. Além da dupla campeã e dos reforços, apenas Egidio, Danilo Barcelos, Yuri, Hudson, Nenê, Fernando Pacheco, Lucca e Fred já jogaram a competição no grupo do Flu.
Corrida contra o tempo por regularização
Agora, o Fluminense "corre contra o tempo" para regularizar os atletas para a fase de grupos da Libertadores — a estreia está marcada para semana que vem, dia 22, contra o River Plate, no Maracanã. O caso que inspira maiores cuidados e promete ser mais difícil é o de Raúl Bobadilla, que chega hoje (14) ao Rio de Janeiro. Por residir no Paraguai e nunca ter atuado no Brasil, o atacante de 33 anos terá que tirar um visto de trabalho, o que demanda um pouco mais tempo.
Apesar de também estrangeiros, Cazares e Abel Hernández dependem apenas da rescisão contratual com Corinthians e Internacional, respectivamente, para realizarem exames médicos, assinarem o novo vínculo e terem seus registros atualizados no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Com toda a documentação já regularizada no país, os casos, por ora, não são considerados difíceis. A dupla também chega ao Rio até amanhã (15).
Manoel, que já rescindiu com o Cruzeiro, tende a ser o primeiro jogador a ser regularizado pelo Tricolor. O zagueiro já até esteve no CT Carlos Castilho na tarde de ontem (13). David Braz, que contraiu Covid-19, não poderá realizar exames médicos, e por isso deve ficar numa lista adjunta a de nomes regularizados.
Esta lista pode ter até cinco nomes, que precisam ter toda a burocracia finalizada até dois dias antes das partidas — até a terceira rodada. O Fluminense pode inscrever 50 jogadores na fase de grupos, três deles goleiros. Depois disso, só três novos atletas só podem ser inscritos para as oitavas de final, caso o Flu avance na competição. Outras modificações podem ser feitas a cada fase.
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