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Nenê destaca números, elogia Cazares e fala em 'ansiedade' por Libertadores

Nenê admitiu ansiedade por volta à Libertadores, elogiou Cazares e exaltou seus números no Fluminense - Lucas Merçon/Fluminense FC
Nenê admitiu ansiedade por volta à Libertadores, elogiou Cazares e exaltou seus números no Fluminense Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/04/2021 14h25

O Fluminense tem clássico contra o Botafogo no sábado (17), às 16h, no Maracanã, pelo Carioca, mas a cabeça já está na estreia na Libertadores na próxima quinta (22), contra o River Plate. Em coletiva, o meia Nenê não escondeu a ansiedade pela competição internacional.

"Já estamos ansiosos desde a volta das férias. É uma coisa normal, é até bom. Claro que não pode deixar influenciar dentro de campo. O maior controle é no dia a dia. Fazer tudo o que o Roger está pedindo. Cada um estar focado de fazer o que tem de melhor no campo, nas suas características em prol do time para estar 100% no dia do jogo. Sabemos que será um jogo difícil [contra o River], mas Libertadores é assim. Todos os times são complicados e temos que confiar em nosso trabalho. A torcida tem que confiar na gente. Ano passado ninguém acreditava e ficamos em quinto no Brasileirão", disse.

Ainda assim, o experiente jogador não tirou a importância do importante jogo contra o Bota. Se vencer, o Tricolor sacramenta sua classificação às semifinais do Campeonato Carioca, competição que também interessa e muito.

"O Fluminense entra em qualquer campeonato em busca do título. A importância é muito grande de conquistarmos um grande resultado sábado. Clássico, jogo importante. Ter atrasado um dia e adiantado um dia o jogo da Libertadores foi bom. Teremos um dia a mais de descanso, porque os dois jogos são importantes. Vamos em busca da vitória sábado, para nos deixar classificados para a semifinal, que é nosso objetivo e focar totalmente no jogo de quinta, que vai ser um jogo muito difícil", destacou.

Nos últimos 10 jogos, contando o final da última temporada, Nenê marcou só um gol, mas deu sete assistências. Depois de um ano de "artilheiro", o camisa 77 exaltou os próprios números quando questionado sobre a manutenção de sua titularidade.

"Venho mantendo a titularidade porque venho demonstrando resultado. A gente vê minhas estatísticas em termos de assistências e gols, e vemos as estatísticas de outros meias do futebol brasileiro e não chegam a esses números que consigo doar dentro de campo para minha equipe. É isso que me mantém dentro de campo", declarou, para prosseguir, lembrando sua capacidade física.

"Eu me cuido também. Fisicamente me sinto bem, não é um problema. O único problema seria o físico, por causa da minha idade. Mas como sou uma pessoa que se cuida e faz o que me pedem dentro de campo, a parte técnica acaba se sobressaindo. Os números estão aí e contra fatos não há argumentos", finalizou.

Mesmo com a boa fase de Nenê, o Flu foi ao mercado da bola e contratou o equatoriano Cazares, que já está no Rio de Janeiro e visita o CT Carlos Castilho para fazer exames médicos e assinar seu vínculo de dois anos com o Tricolor. Aos 39 anos, o meia elogiou o novo companheiro.

"É um grande jogador, tem muita qualidade, inteligente, tem um bom passe. Com certeza vai nos ajudar. Em determinados momentos podemos jogar juntos, não seria um problema. Ainda mais no time jogando em um tripé, que acaba tendo que ter três meias. Achei muito boa a contratação", afirmou.

Quase 20 anos depois de disputar sua primeira Libertadores — em 2003, quando foi vice-campeão pelo Santos —, o hoje veterano falou com carinho dos jovens de Xerém que encorpam o elenco. Para Nenê, a mescla irá ajudar.

"Tanto eu, como o Fred, e o tio Egídio tentamos ajudar dentro de campo, fora de campo, tranquilizando, dando confiança. O que o Roger não puder falar, nós podemos orientá-los nos treinos, nos jogos. São jogadores que vão nos ajudar muito, mesmo sendo tão jovens. O Kayky, por exemplo, tem uma cabeça muito boa. Muito bem lapidado. Ele, Luiz Henrique, John, o Martinelli, que parece experiente, o Marcos Felipe, que nem parece de Xerém, parece um idoso [risos]. Essa mescla, nosso ambiente, a liberdade que damos para eles no dia a dia para brincadeiras... Nossa função é essa aí. Deixá-los o mais à vontade possível para eles renderem o que estavam rendendo antes de chegarem aqui", brincou.

Um jovem em especial também foi tema na coletiva: Miguel, de 18 anos, que depois de se destacar no início de 2019 não vem recebendo muitas chances. Com 21 anos a mais, o camisa 77 pediu que o menino não esmoreça.

"Não convém a mim falar. Única coisa é o motivarmos todo dia. Ele saber que é um jogador jovem, que tem muito tempo pela frente ainda. Sempre que entrou nos ajudou, tem muita personalidade. É ele ter paciência e saber que uma hora as coisas vão acontecer. Ele não pode esmorecer. Tem que continuar treinando, se doar ao máximo, para que na hora que aparecer a oportunidade ele pode entrar e não sair mais".

Por fim, questionado se o Fluminense está pronto para desafiar o River Plate no Grupo D da Libertadores, Nenê lembrou que a competição é toda feita de jogos dificeis.

"Nós tivemos pouco tempo, mas a base é a mesma do ano passado. O Roger está alinhando, melhorando, vários aspectos do time taticamente. Esses quatro jogos foram muito bons para podermos entrar no ritmo de novo, principalmente de quem ficou esses dez dias de descanso após o fim da outra temporada. Acreditamos que estamos prontos. Sabemos que será um jogo difícil, mas Libertadores é assim. Todos os times são complicados e temos que confiar em nosso trabalho. O time tem uma base, já somos muito entrosados. O Roger está trabalhando bastante, a molecada está confiante, estão chegando reforços. Tem que ter confiança no nosso trabalho".

Confira todas as respostas da coletiva de Nenê:

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