Galhardo 'bagunça' briga por vaga e arranca elogios após três gols no Inter
A disputa pela titularidade no comando de ataque do Internacional parecia definida. Com a saída de Abel Hernández, Yuri Alberto seria o dono do posto — ao menos até Paolo Guerrero retomar a melhor condição física após a longa parada devido à operação no joelho. Eis que veio Thiago Galhardo e bagunçou tudo. Com ótima atuação e três gols contra o Aimoré, o camisa 17 retomou o posto de goleador do time e arrancou elogios de Miguel Ángel Ramírez.
Não foram apenas os três gols, que, somado ao já marcado, fazem de Galhardo o artilheiro do Colorado na atual temporada, o rendimento agradou à comissão técnica, mesmo que tenha atuado só em duas partidas como titular.
O atacante de 31 anos soube tramar jogadas com os companheiros, se movimentar, criar espaços e alternativas. Fez parte, inclusive, do lance do primeiro gol, quando deu passe de calcanhar para Patrick bater, o goleiro defender, e na sequência sair o gol de Heitor.
"Desde o princípio o Thiago nos dá essa interrogação [na disputa pela titularidade]. Temos o Yuri, o Paolo, e isso tem nos dado muitas oportunidades. Nada que damos a ele é grátis, se ele está jogando é porque está trabalhando bem e acreditamos que possa nos ajudar a competir. Sabíamos que tinha muita gana de jogar, de fazer os gols. Hoje [quarta] fez três, e poderia ter feito mais, criou chances para isso", contou Ramírez.
Para o treinador espanhol, Galhardo tem características diferentes dos concorrentes. Não é um jogador que prefere receber bolas para disputas físicas ou para jogo aéreo. Mas recua, e consegue funcionar como meia, tramando com jogadores de lado e meio-campistas.
"Gostamos de criar tipos de associações quando montamos uma escalação. Com um atacante como o Thiago, precisávamos de extremas de perna invertida [Patrick na direita e Palacios na esquerda] para ter um melhor jogo coletivo. O Thiago é um jogador que se associa bem, tem bons contatos com a bola, gosta de sair para jogar. Não é um atacante de área, centralizado, que gosta do duelo por cima. Com ele, precisava de um perfil diferente", explicou o técnico.
Mas a alegria de Ramírez ao falar de Galhardo esconde suas dúvidas. Mesmo com os gols e a boa atuação, a condição não está assegurada para os jogos seguintes. É regra no Beira-Rio sempre esperar a análise do adversário e moldar a equipe de acordo com o que a comissão técnica detecta de necessidade.
"O melhor que pode passar para todos [os atacantes] é isso. O Galhardo bem é bom para Yuri e Guerrero, o Yuri bem ou o Guerrero bem é o mesmo. E quem ganha com isso é o time. Que cada um esteja em seu melhor para termos essa competitividade. Estou feliz pelo Thiago, porque é um menino bom, muito profissional, que tem características diferentes dos outros. E a partir dessas características é que vamos escolher um ou outro dependendo do jogo", sintetizou o treinador.
"Não é o gol que inclina a balança para um lado ou outro. É o plano de jogo que vamos montar e executar naquele compromisso", finalizou.
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