Felipão destaca inteligência alemã por 7 a 1, mas diz: 'Deu tudo certo'
O técnico Luiz Felipe Scolari, atualmente sem clube, voltou a comentar um dos episódios mais marcantes de sua carreira: a derrota por 7 a 1 com a seleção brasileira diante da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. O treinador avaliou que a seleção alemã foi muito inteligente em toda a preparação para aquele duelo, mas enfatizou que "deu tudo certo" para a equipe europeia dentro de campo.
"Para se classificar para as semifinais [da Copa do Mundo de 2014], a Alemanha teve um jogo dificílimo, em Porto Alegre, contra a Argélia. Ganhou na prorrogação. No jogo contra o Brasil, deu tudo certo em 20 minutos. Tudo, tudo que se poderia imaginar. E tudo que eu tinha preparado na minha equipe para não errar, aconteceu. Erra um domínio de bola, sai da marcação do segundo pau para o primeiro na hora do escanteio…", disse Felipão em entrevista ao Resenha ESPN, da ESPN Brasil.
O treinador destacou que a delegação alemã usou da experiência de jogar uma semifinal de Copa do Mundo em casa recentemente - a Alemanha foi derrotada em casa contra a Itália nesta fase da competição em 2006 -, para avaliar coisas como a reação da torcida local antes de encarar o Brasil.
"Foi uma série de coisas que deixaram a Alemanha tranquila no jogo. Em 30 minutos, o jogo estava perdido. Depois, eles foram inteligentes. Eles tinham jogado a Copa em casa em 2006 - eu estive lá com a seleção portuguesa. E eles sabiam o que era jogar em casa, perder em casa e como a torcida se comportava. Eles foram inteligentes, se hospedaram na Bahia, fecharam um hotel para eles, tiveram regalias. Foram inteligentes. No jogo, foram extremamente superiores. Não adianta falar mais", continuou o técnico.
Copa das Confederações 'atrapalhou'
Na mesma entrevista, Luiz Felipe Scolari opinou que a vitória por 3 a 0 sobre a Espanha, então campeã do mundo, na final da Copa das Confederações, foi um placar um pouco enganoso. O treinador entende que a vitória elástica fez com que o otimismo e a opinião de que o Brasil era muito favorito no Mundial de 2014 crescessem, criando mais dificuldades para a seleção brasileira.
"A vitória contra a Espanha na final da Copa das Confederações foi mais do que a gente precisava. Nós ganhamos o jogo, jogamos muito bem, mas este otimismo, a ideia de que tínhamos a melhor equipe, de que poderíamos ser superiores aos outros a qualquer momento fez com que a gente tivesse mais dificuldades", complementou o treinador.
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