Herói na Copa do Brasil, goleiro converteu primeiro pênalti no profissional
Mais uma das tradicionais zebras da Copa do Brasil entrou para a história da competição na noite de ontem (15). O 4 de Julho, clube da Série D do Campeonato Brasileiro, eliminou nos pênaltis o Cuiabá, que neste ano fará sua estreia na elite do futebol nacional. Um dos responsáveis pelo triunfo da equipe do Piauí foi o goleiro Jailson, que converteu um pênalti pela primeira vez na carreira.
O 4 de Julho, que disputa a Copa do Brasil pela terceira vez, empatou em 0 a 0 com o Cuiabá e despachou o adversário ao vencer a disputa de pênaltis por 5 a 4. O momento contou com defesa bem-sucedida de Jailson e conversão de pênalti do goleiro.
"Chegamos em Teresina atrasados, e o professor [Flávio Araújo] só nos colocou para treinar pênaltis, e cada um dos jogadores batia três vezes. Eu fiz os três, e os outros jogadores que foram escolhidos para bater na partida contra o Cuiabá foram os que também tiveram 100% de aproveitamento. Não costumo treinar para bater pênalti, só para pegar", contou o goleiro ao UOL Esporte.
Até então, o goleiro só tinha batido pênaltis como amador. "Eu não sabia que iria bater. Isso foi decidido alguns minutos antes de iniciar as cobranças. O professor chegou e falou que eu iria bater o quinto. Eu estava confiante, treinei bem e fui feliz na finalização", afirmou.
"Eu estava muito tranquilo e sabia que tinha um grande goleiro na equipe adversária. Um goleiro que eu particularmente sou fã. Profissionalmente foi o primeiro pênalti que eu bati. Antes disso só tinha marcado gol no amador", completou, referindo-se a Walter, ex-Corinthians.
Além de Jailson, Hiltinho, Ted Love, Marcelo e Esquerdinha acertaram pelo 4 de Julho. Rafael Gava, Uendel, Clayson, Elvis assinalaram pelo Dourado, mas Marllon desperdiçou.
A classificação rendeu ao elenco, que tem folha salarial de aproximadamente R$ 140 mil mensais, um aditivo de R$ 240 mil como parte do famoso "bicho". A premiação pela terceira fase da competição rendeu ao clube R$ 1,7 milhão, suficiente para pagar ano de salários dos jogadores e da comissão técnica.
O Piauí não tinha um representante que avançasse tanto na Copa do Brasil há 20 anos - o último foi o Flamengo-PI, em 2001.
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