Fla sofre com "gols-relâmpago" e concentração vira desafio para Ceni
O empate por 2 a 2 contra a Portuguesa foi motivo de alívio para o Flamengo, mas um roteiro que se repetiu pela terceira vez consecutiva acende um sinal amarelo e vira motivo de preocupação para a equipe.
Assim como ocorreu contra Palmeiras e Vasco, o time voltou a sofrer um gol logo no início do jogo, o que faz com que a equipe tenha de se desgastar mais ainda fisicamente na tarefa de evitar a derrota. Aos 12, Mauro Silva, sem ser incomodado, acertou uma bomba para abrir a contagem.
Diante do Cruz-maltino (derrota por 3 a 1), o técnico Rogério Ceni já havia mencionado que uma dose de desconcentração estava atrapalhando o rendimento de seu time, que levou o 1 a 0 aos 5 minutos, quando Léo Matos subiu sem marcação para cabecear. No jogo do Luso-Brasileiro, no entanto, essa desatenção se somou a um primeiro tempo abaixo da média, assim como ocorreu no Clássico dos Milhões.
Apesar das semelhanças, Ceni apontou diferença na forma como os rivais chegaram aos seus gols. Contra a Lusa, ele ainda adicionou uma certa apatia como ingrediente para o desempenho em campo.
"Foram gols distintos contra o Vasco e contra a Portuguesa. A parte boa é que não nos desesperamos, mas concordo que temos de jogar mais, ter mais resultados e apresentar melhor futebol. Hoje (ontem) não competimos no primeiro tempo, não falamos, não dividimos. A reação veio no segundo tempo, quando mudou a atitude", disse ele.
Na decisão da Supercopa, o Fla virou o duelo contra o Palmeiras ainda na etapa inicial, mas viu Raphael Veiga abrir a contagem ainda no primeiro minuto. Com a Libertadores cada vez mais perto, evitar esse filme repetido é ordem na Gávea.
Como de costume, o treinador rubro-negro preferiu não fazer avaliações individuais quando questionado sobre o rendimento do setor defensivo nestes últimos compromissos. Diante da Lusa, Rodrigo Caio jogou apenas 45 minutos e saiu após sentir desconforto muscular. Para o jogo de terça (20) contra o Vélez Sarsfield, às 21h30, em Buenos Aires, pela Libertadores, Bruno Viana e Gustavo Henrique disputam um lugar ao lado de Willian Arão.
Ciente de que o tom da cobrança tende a aumentar à medida que o desempenho não seja o esperado, o comandante já voltou as atenções para a jornada do tri continental e deu o peso do duelo no Estádio José Amalfitani:
"É um jogo importante, é a competição que todo flamenguista tem a expectativa de jogar bem. Sabemos que jogar na Argentina é complicado, mas estamos trabalhando bem e vamos fazer um grande jogo. O Vélez é uma equipe interessante, tem jogo até parecido com o Flamengo. Tem volantes que constroem, tem boa qualidade técnica. É um time rápido, técnico e de boa evolução. Dentro de seus domínios, deve causar incômodo".
A uma vitória de levantar a Taça Guanabara, o Carioca sai totalmente da agenda do Fla, que respira a competição continental. Fora do empate, os titulares treinaram ontem no Ninho e trabalham hoje antes do embarque, que está marcado para 20h. Após um longo dia de negociações, a Conmebol conseguiu manter o jogo na capital argentina.
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