Presidente do Real critica ameaças da Uefa: 'Monopólios acabam'
Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, minimizou as ameaças da UEFA aos clubes que criaram a Superliga Europeia. Ontem, a entidade prometeu que os clubes seriam excluídos das competições, e que os jogadores não poderiam atuar por suas seleções.
"São ameaças de quem confunde monopólio com propriedade. Não devemos ameaçar, devemos dialogar. Oferecemos um formato que acreditamos que salva o futebol, como acreditaram quando criaram a Copa da Europa. Não vão excluir o Real Madrid da Liga dos Campeões, tenho certeza. Nem mesmo o City. Primeiro, é preciso ser mais transparente. A UEFA não se distingue pela transparência. Os monopólios acabam. O futebol está à beira da falência. Não só os grandes, todo mundo. Se não há dinheiro nos grandes, eles não compram jogadores de terceiros, é uma pirâmide", disse, ao programa 'El Chiringuito', na tv espanhola Mega.
Em relação à atuação dos atletas, ele tranquilizou. "O jogador de futebol pode ficar tranquilo, isso não vai acontecer. É a confusão de quem controla os monopólios. Claro que a UEFA é um monopólio. Tem de ser transparente, e ela não tem uma boa imagem ao longo da história. Eles não têm que ameaçar ninguém, ninguém fez nada de errado. O formato deles, a nosso ver não funciona", rebateu, sobre a proposta de uma Liga dos Campeões reformulada.
"Falei com todas as ligas, federações. Ninguém entende. Eles também falam que começa em 2024, em 2024 estaremos mortos. Existem clubes que perderam centenas de milhões".
Os esforços, segundo Pérez, vão se intensificar para responder aos críticos, que apontam a iniciativa como elitista. "Temos a tarefa de dizer para essas pessoas que não é verdade. Disseram que é para os riscos, e não é verdade. É para salvar o futebol", afirmou.
"Alguém se interessou em explicar dessa forma, que os ricos vão ficar mais ricos e os pobres, mais pobres. E não é assim. Todos nós vamos explicar a verdade. Vamos salvar o futebol, não vamos deixar que o futebol desapareça. Essa é a única opção para salvar os mais modestos", pontuou ele.
"Quem tem direito de opinar são os torcedores. Eles querem competições melhores, mais competitivas. E ninguém se preocupa com isso. Não é verdade que acabaremos com as Ligas", concluiu.
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