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Alan Franco perde espaço e vira segundo plano no Atlético-MG de Cuca

Alan Franco fez apenas um jogo neste ano e tenta recuperar espaço agora com o técnico Cuca - Pedro Souza/Atlético-MG
Alan Franco fez apenas um jogo neste ano e tenta recuperar espaço agora com o técnico Cuca Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

20/04/2021 04h00

O Atlético-MG pagou quase R$ 13 milhões para comprar os direitos econômicos do meia Alan Franco junto ao Independiente Del Valle (EQU), no ano passado. E o meio-campista equatoriano, que foi peça muito utilizada pelo técnico Jorge Sampaoli antes de o argentino deixar o clube — em fevereiro — acabou perdendo espaço com a chegada de Cuca.

Franco fez apenas um jogo na temporada 2021 e entrou em campo na vitória por 1 a 0 sobre o Pouso Alegre, no Mineirão, na oitava rodada do Campeonato Mineiro. O jogador não foi titular e atuou por 26 minutos apenas, após entrar na vaga do argentino Matías Zaracho. Sem espaço neste momento no Atlético-MG, o equatoriano, inclusive, não foi relacionado para a estreia do Galo na Copa Libertadores.

Alan Franco ficou em Belo Horizonte e não viajou para a Venezuela, onde o Atlético-MG enfrenta o Deportivo La Guaira, amanhã (21), às 19h (de Brasília), no primeiro compromisso atleticano pelo Grupo H da Libertadores. Apesar de ter ficado fora de mais um jogo importante, o meia deverá ter presença garantida na relação para a última rodada do Mineiro, sábado (24), contra o Athletic, no estádio Independência.

"É uma pena eu não estar contando tanto com o Alan Franco também, mas eu estou oportunizando a todos os estrangeiros [chance no time], mas não posso oportunizar mais que cinco [pelas regras da CBF] (...) Eu tenho os treinamentos, e nos treinamentos eu decido quem vou colocar em campo. E eu decido em cima do que eu vejo nos treinamentos. Eles se auto escalam em cima do que produzem", justificou Cuca, logo após a vitória sobre o Boa Esporte, no último domingo (18).

A entidade máxima do futebol brasileiro não limita o número de estrangeiros inscritos para as suas competições e torneios chancelados por ela, mas restringe o número de jogadores nascidos fora do Brasil nas partidas. Apenas cinco gringos são permitidos entre os escalados como titulares e para o banco de reservas.

"Uma pena que você tenha sete estrangeiros e só possa usar cinco. Hoje [domingo, contra o Boa Esporte] eu não consegui trazer o Alan Franco mais uma vez para o banco. Também, a hora que der, a gente dará oportunidade a ele. No final de semana que vem, provavelmente", comentou o treinador.

Apesar da explicação de Cuca, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não limita a quantidade de estrangeiros em partidas da Copa Libertadores. Portanto, Alan Franco, que está na lista de 50 inscritos para a competição internacional, poderia ter sido relacionado sem "queimar vaga". Porém, mais uma vez, ele foi preterido pelo treinador.

Covid-19

Em novembro do ano passado, Alan Franco testou positivo para a Covid-19 enquanto defendia a seleção equatoriana em jogo pelas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa 2022. O jogador precisou de acompanhamento dos médicos do Atlético-MG, pois sentiu mais os impactos da doença.

"A Covid... Ninguém dá a dimensão que tem. Alguns jogadores sentem muito mais que outros. Alan, por minha percepção, olhando todos os dias para ele, comprovei que teve uma complicação maior, que lhe custou. Agora, está entrando no ritmo outra vez. Seguramente, para nós, será uma opção sempre válida", explicou Roberto Chiari, fisiologista do Atlético-MG, em janeiro.

"No caso do Alan Franco, ele estava servindo à seleção. Já havia alguns dias que ele não estava na rotina de treinamentos no clube e ele fez o isolamento no Equador. O período em que ele esteve afastado de treinamento foi maior do que o da grande maioria dos atletas que também estiveram isolados", completou.

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