Fluminense nunca perdeu em estreias na Libertadores; relembre os jogos
Assunto que não sai da cabeça dos tricolores, a Copa ibertadores começa para o Fluminense amanhã (22), contra o River Plate, no Maracanã. E se o adversário é uma pedreira, o retrospecto traz boas lembranças: o time carioca nunca perdeu em estreias na competição internacional.
Esta será a sétima participação do Flu no maior torneio de clubes da América — também disputou em 1971, 1985, 2008, 2011, 2012 e 2013. Nos seis primeiros jogos de cada campanha até aqui, o Tricolor acumula três vitórias e três empates.
É importante lembrar que, apesar do grande número de vagas disponível com o aumento da competição e a criação da fase "Pré-Libertadores", até os anos 2000, apenas dois times brasileiros se classificavam — o campeão do Brasileirão e o vice até 1989, quando a segunda vaga passou a ser do campeão da Copa do Brasil, criada naquele ano.
Campeão brasileiro, Flu cai na 1ª fase duas vezes
Em 1971 e 1985, por conta do regulamento, o Flu enfrentou adversários brasileiros na fase de grupos, estreando contra Palmeiras e Vasco, respectivamente. O clube das Laranjeiras vencera o Campeonato Brasileiro nos anos anteriores (1970 e 1984), e nas duas vezes chegou à competição como um dos times mais fortes.
Comandado por Mário Jorge Lobo Zagallo em sua estreia na Libertadores, o Tricolor não tomou conhecimento do Alviverde e venceu por 2 a 0, com dois gols do artilheiro Flávio Minuano. Apesar de começar bem, com quatro vitórias seguidas, e enfrentar grupo considerado simples, o Flu caiu na primeira fase após ser derrotado pelo Deportivo Itália (VEN) e pelo Palmeiras, nos dois últimos jogos da chave, no Maracanã. Os paulistas se classificaram, mas caíram na semifinal, um triangular.
Já em 1985, apesar de manter o forte time que seria tricampeão carioca, além do título brasileiro do ano anterior, o Fluminense nem sequer venceu na competição. No 'grupo da morte', ao lado de Argentinos Juniors e Ferro Carril Oeste, da Argentina, o Tricolor estreou com empate por 3 a 3 com o Vasco, com gols de Romerito (2) e Leomir — Roberto Dinamite e Nenê (2) marcaram para o rival. Contra os hermanos entretanto, foram três derrotas e um empate sem gols.
Em campanha de sonho, Flu fica com 'amargo' vice
No retorno à competição após 23 anos, em 2008, o Tricolor mais uma vez caiu no 'grupo da morte', com o Arsenal (ARG), campeão da Copa Sul-Americana, o Libertad (PAR), time de Nicolas Leoz, então presidente da Conmebol, e a LDU (EQU), bom time que jogava na perigosa altitude de Quito.
Campeão da Copa do Brasil no ano anterior, o Flu estreou pela primeira vez fora do país, justamente contra LDU, que acabaria algoz na final da competição. No primeiro jogo, entretanto, em atuação destacada de Thiago Silva, a equipe comandada por Renato Gaúcho ficou no empate sem gols, que teve gosto de vitória pelas adversidades impostas pelos 2800 metros acima do nível do mar.
Em sua campanha mais destacada na Libertadores, o Fluminense foi o melhor time da fase de grupos e eliminou Atlético Nacional (COL), São Paulo e Boca Juniors (ARG), todos já campeões da competição, antes da grande final contra a LDU, adversário na primeira fase. Apesar de ter ido bem na estreia, o Tricolor sofreu com a altitude e perdeu o primeiro jogo por 4 a 2. Na volta, no Maracanã, a vitória por 3 a 1, com erros do árbitro Hector Baldassi, levou a disputa para os pênaltis, onde o clube das Laranjeiras foi derrotado por 3 a 1.
Estreias sem brilho e sonho adiado
Nos anos seguintes, com dois títulos brasileiros, o Fluminense se acostumou a disputar a competição, com duas estreias no rstádio Nilton Santos — à época conhecido apenas como Engenhão. Em 2011, muito desfalcado, o time comandado por Muricy Ramalho ficou no empate por 2 a 2 contra o Argentinos Juniors, com dois gols de Rafael Moura.
A equipe se classificou às oitavas na bacia das almas, com vitória nos últimos minutos sobre o próprio Argentinos Juniors, no Diego Armando Maradona, mas acabou eliminada na fase seguinte pelo Libertad. Se venceu por 3 a 1 no Engenhão, o Tricolor viu Ricardo Berna falhar no Defensores del Chaco e a classificação ficou com os paraguaios.
No ano seguinte, em 2012, o Flu estreou com vitória sobre o Arsenal (ARG) por 1 a 0, com gol de Fred. Após outra boa campanha na primeira fase, a equipe de Abel Braga eliminou o Internacional nas oitavas de final e tinha o Boca Juniors, que também estava em sua chave na fase de grupos, como adversário nas quartas.
Na ida, em La Bombonera, o Tricolor não tinha Fred, Deco, Wellington Nem, Diguinho e Valencia, todos se recuperando de lesão, e ainda perdeu Carlinhos, que sofreu expulsão polêmica no primeiro tempo. Remendado, o Fluminense ainda foi prejudicado pelo árbitro colombiano Jose Buitrago, que não marcou pênalti após toque de mão de Roncaglia para impedir cabeceada do zagueiro Anderson.
Na volta, no Engenhão, drama. O Flu seguia com os mesmos desfalques, mas Carleto abriu o placar com gol de falta sonhado pelo pai do atleta, no dia anterior. A vitória nos 90 minutos levava o jogo para os pênaltis até que Rivero recebeu de Riquelme sozinho e bateu cruzado. Cavalieri salvou, a bola resvalou na trave e sobrou para Santiago Silva empatar o jogo aos 45 do segundo tempo e classificar os argentinos.
Última estreia teve gol de Fred
A última estreia do Fluminense na Libertadores foi contra o Caracas, em 2013. A vitória foi simples, por 1 a 0, com belo gol de Fred no estádio Olímpico da capital venezuelana.
Se chegou como favorito em mais esta edição pelo tetracampeonato do Brasileirão em 2012 e por bater na trave nos anos anteriores na Libertadores, o Flu decepcionou muito em um ano para se esquecer. Sem brilhar em nenhum momento, o Tricolor foi líder da fraca chave que tinha Grêmio, Huachipato (CHI) e Zamora (VEN).
Nas oitavas de final, perdeu em Guayaquil, mas eliminou o também frágil Emelec (EQU) com vitória por 2 a 0, em São Januário, gols de Fred e Carlinhos. Com o tricampeão Olímpia (PAR) pela frente, o Flu empatou sem gols no Rio de Janeiro, e o Defensores Del Chaco acabou sendo palco de mais uma eliminação do Tricolor, com falha, desta vez, de Diego Cavalieri.
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