"Se Al Duhail não pagar à vista até 15 de maio, Dudu volta", diz Galiotte
Após protestos de parte da torcida contra Abel Ferreira e elenco, o presidente do Palmeiras Maurício Galiotte saiu em defesa do treinador hoje (21), em entrevista ao BB Debate da ESPN Brasil.
O dirigente também respondeu sobre o plano do clube para contratar reforços e a possível volta de Dudu.
"Entre Abel Ferreira e Sociedade Esportiva Palmeiras está tudo muito bem. O Abel é muito identificado conosco e nós da mesma maneira, com todos da comissão técnica. O trabalho do Abel é muito bem avaliado por nós. Queria tranquilizar o torcedor palmeirense, que está tudo tranquilo com o Abel, em relação ao Palmeiras, ao nosso projeto", disse Galiotte.
"Conversei muito com o Abel durante o voo (para Lima), também conversamos aqui no hotel. O fato é que ele é muito intenso. Ele cobra de todo mundo. Ele ainda está se adaptando ao futebol brasileiro. Não temos tempo para treinar e ele vem de um futebol em que os clubes treinam. É um processo complicado. Agora, essa garra que ele tem, é da natureza dele; alguns ajustes sim, mas temos que entender a essência do profissional", seguiu sobre o treinador.
Galiotte também admitiu que o técnico português ficou magoado com os muros pichados após derrota para o São Paulo no clássico da última sexta-feira.
"Obviamente que ele não se conforma com isso, obviamente ele ficou chateado com o nome dele sendo pichado, mas ele entende que faz parte da vida, do papel do torcedor. O palmeirense é extremamente exigente", contou.
"Nós não podemos nos basear por uma ou duas pessoas que picharam o muro. Não sei quantas foram, mas não foram nossos 18 milhões de torcedores. Esses mesmos jogadores que estavam no muro, foram campeões da Libertadores, e seis meses antes tiveram suas bandeiras rasgadas na frente do CT. Respeitamos todas manifestações, mas temos que confiar no trabalho", completou o presidente, ainda sobre o episódio do último final de semana
Volta de Dudu
Questionado sobre a possível volta de Dudu, emprestado para o Al Duhail do Catar, Galiotte explicou a situação e revelou que conversou ontem com o atacante. O jogador está emprestado até o maio e tem valor de compra fixado no contrato.
"Se eu pudesse escolher eu queria ficar com o Dudu. A gente sabe do potencial e identificação com o torcedor. Conversei ontem com o Dudu. Ele está retornando hoje para o Catar, ficou alguns dias no Brasil. Temos um negócio definido. Se o Al Duhail não pagar à vista até o dia 15 de maio, ele volta", explicou.
Busca por reforços
Perguntado sobre reforços, Galiotte admitiu que o elenco precisa de ajustes, mas explicou que o Palmeiras está analisando os cenários com cautela, apenas para fazer contratações pontuais.
"Quando a gente trabalha em um cenário de pandemia, atípico, temos que redobrar o cuidado. Sabemos que o grupo precisa de ajustes. Temos total clareza nesse sentido. Agora é tomar o cuidado necessário para não complicar a situação do clube para o futuro", disse.
"Em 2014 tivemos a inauguração da Arena, em 2015 a chegada da Crefisa, e o sócio torcedor. Essas três coisas fizeram o Palmeiras diferente nos últimos anos. Depois desses três, a base foi o nosso principal. Todo o nosso investimento rendeu, com os meninos fazendo parte do grupo campeão da Libertadores, e vai ser intensificado. Estamos tentando sim contratações pontuais, o elenco precisa de ajustes. Vamos fazer. Entretanto, sempre com responsabilidade. A minha situação seria confortável: contrata e acabou porque daqui seis meses estou saindo. Mas penso no aspecto econômico, administrativo", concluiu.
O Palmeiras entra em campo hoje, às 21h (Brasília), pela estreia da Libertadores contra o Universitario no Peru.
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