Chefe do Espanhol rebate Pérez e ironiza: "Superliga se desfez como açúcar"
O presidente da La Liga (organização do Campeonato Espanhol), Javier Tebas, rebateu hoje as afirmações de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, que disse há dias que a criação da Superliga surgiu devido a um "momento crítico" do futebol.
A declaração se deu em uma reunião com 39 times envolvidos nas duas principais divisões do torneio nacional - a conferência excluiu dirigentes de Barcelona, Real e Atlético de Madri.
"O ponto negativo é a mensagem que foi passada. Eles não podem nos dizer que estão vindo para nos salvar da ruínas, porque não é verdade. E nem que a ideia não prejudique as competições nacionais. E mais: se fosse tão bom, eles não teriam feito tudo clandestinamente. A Superliga se desfez como açúcar em 48 horas", falou Tebas.
O dirigente foi apoiado por presidentes de Valencia, Sevilla, Betis, Levante e Villareal, que apoiaram a La Liga e criticaram a elaboração do novo torneio.
Tebas ainda abordou a mudança repentina no comportamento dos dirigentes do trio espanhol. "Houve diálogo até sexta-feira. Eles votaram pela reforma da Liga dos Campeões e, de repente, saíram com a publicação da nota de domingo. Alguns clubes não gostaram da nova Liga dos Campeões e foram explodir o sistema", disse.
"Superliga está morta"
Tebas ressaltou ainda na reunião a "postura" das equipes de Alemanha e França, que não concordaram com os termos da Superliga.
"As equipes alemãs nunca estarão lá. Os clubes franceses nunca estarão nesta competição. A Superliga, como é concebida, está morta. Vamos ser realistas. Bater na porta agora para uma negociação é até cínico."
Punições?
Por fim, o chefão do Espanhol revelou que vai aguardar a Uefa se manifestar em torno de sanções a Barcelona, Real e Atlético.
"A participação nas competições europeias é voluntária. São os clubes que têm de decidir se querem continuar na Champions League aceitando as condições da Uefa. Não creio que Ceferin falou em expulsá-los, mas sim a isto", finalizou.
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