Rival do Corinthians luta contra queda, mas sonha com vitória: 'Histórico'
Hoje (22), o Corinthians estreia na Copa Sul-Americana. Em Assunção, o Timão mede forças com o River Plate-PAR, no estádio Defensores del Chaco. Clube centenário, o 'Kelito' — como é carinhosamente chamado por sua torcida — é o lanterna do Campeonato Paraguaio, briga contra o rebaixamento e, por isso, não vê o torneio continental como prioridade. Mesmo assim, entrará em campo com força máxima para tentar fazer história diante do Alvinegro.
Fundado em 1911, o River Plate disputa uma competição internacional pela segunda vez em sua história. A primeira foi justamente a Copa Sul-Americana do ano passado. O clube passou a maior parte das três últimas décadas muito longe da elite de seu campeonato nacional: chegou a disputar o equivalente à Quarta Divisão. Atualmente briga contra um novo rebaixamento em sua história.
No Apertura (espécie de primeiro turno da competição) desta temporada, o Kelito tem apenas 16% de aproveitamento. São 12 partidas, com apenas uma vitória, três empates e oito derrotas. A equipe fez sete gols e tem um saldo negativo de 24. Por isso, apesar da importância da Sul-Americana, a competição ficará em segundo plano.
"Estamos focados no Campeonato Paraguaio. Vamos focar mais na nossa luta contra o rebaixamento do que na Copa Sul-Americana, mas amanhã [hoje] vamos ter a equipe completa para enfrentar o Corinthians, que é um grande clube brasileiro, um campeão da Copa Libertadores e do mundo. É um orgulho para nós", explicou Carlos Ortega, presidente do River Plate, em contato com o UOL Esporte.
A diferença entre os clubes é notável. O Kelito possui um estádio para pouco mais de 6 mil pessoas, que sequer pode ser usado na Sul-Americana, por não atender às exigências mínimas da Conmebol. A média de torcedores nos jogos da equipe não chega a mil pessoas. Já o Corinthians é dono de uma moderna arena, com capacidade para quase 50 mil pessoas, e costuma levar uma média de 33 mil pessoas aos seus jogos (números da temporada 2019, a última antes do início da pandemia).
O custo anual do River Plate é, de acordo com o presidente do clube, de US$ 4 milhões (R$ 22 milhões, na atual cotação). O valor não paga nem dois meses dos custos do Corinthians com o futebol profissional. Mesmo assim, Carlos Ortega explicou que dinheiro não entra em campo e vê sua equipe com condições de conquistar a vitória, algo que seria considerado histórico.
"Realmente, será muito difícil. Temos no grupo o Corinthians e o Peñarol, que é um outro grande clube sul-americano, além do [Sport] Huancayo que sempre disputa os torneios da Conmebol. Se vencermos o Corinthians vai ser histórico. Sabemos do tamanho do Corinthians, mas o futebol hoje está muito parelho. São onze contra onze no campo e podemos sim vencer", argumentou o cartola paraguaio.
Para tentar a vitória, o River Plate conta com a estreia do técnico Celso Ayala — companheiro do ex-corintiano Gamarra na zaga da seleção paraguaia durante a disputa da Copa do Mundo de 1998. O ex-jogador dirigiu o Kelito no ano passado e retorna agora para tentar salvar o clube do rebaixamento e fazer história na Copa Sul-Americana.
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