A pressão sobre Vagner Mancini ganhou mais um ingrediente. Nesta quinta-feira (22), o Corinthians empatou por 0 a 0 com o River Plate, do Paraguai, em sua estreia na Copa Sul-Americana. Além do resultado fora de casa, o time voltou a apresentar um futebol de pouca inspiração, o que coloca ainda mais pressão sobre o trabalho do treinador.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Mauro Cezar Pereira, Rodrigo Mattos e Menon - a situação do técnico foi analisada. O resultado, porém, foi pouco animador.
"É possível montar uma equipe minimante estruturada, mas você percebe que isso não acontece. Talvez se organizasse melhor a equipe o Corinthians produziria melhor. Os adversários têm oportunidade de finalizar, como foi hoje contra uma equipe risível. O time de fato não tem nada. Já deu tempo de algo aparecer ali. Qual é a virtude desse Corinthians? Não consigo enxergar. Mancini não é técnico de time grande. Vejamos se ele vai chegar até o Brasileiro", criticou Mauro Cezar.
Mattos acha que a diretoria também tem parcela de culpa na montagem do elenco, mas não deixou de ressaltar as falhas do treinador. "Já são seis meses e você não vê nenhuma direção diferente. O elenco é mal montado. Não tem um jogador de lado de velocidade, o que foi um problema hoje. Houve erros de saída de bola, técnicos. Nada indica que Mancini vá encontrar uma fórmula mágica", lamentou.
Além dos problemas já citados, Menon apontou outra característica do trabalho de Mancini que o incomodou. "O grande problema é que ele não conseguiu definir um time titular. Se o Flamengo colocar os reservas no Carioca, o torcedor sabe qual será a equipe titular para o jogo na Libertadores. No Corinthians, ninguém sabe quem vai jogar. Gira, gira e gira e a boa cai no Jô, o homem mais estático do Brasil", avaliou.
Na visão de Mattos, o Corinthians de 2021 está abaixo da equipe da última temporada. "Mancini conseguiu piorar em relação ao ano passado. O time é estático. O adversário jogou com duas linhas de defesa e o Corinthians saindo lento. Leo Natel e Otero, que não sabem jogar como pontas, estavam isolados, com um meio-campo arrastado. Por conta desse problema coletivo, precisa ter uma ideia de como vai abri um time que joga fechado. Mas não tinha nada. Todo estava parado e não ia para lugar algum", concluiu.
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