O brasileiro Neymar não conseguiu ajudar o Paris Saint-Germain a sair com uma vitória do Parc des Princes diante do Manchester City, em um jogo no qual o clube francês saiu derrotado de virada na primeira semifinal da Liga dos Campeões, após um bom primeiro tempo e a queda de rendimento durante a segunda etapa.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Julio Gomes, Mauro Cezar Pereira e Rafael Oliveira —, Mauro Cezar comenta a cobrança que é feita ao jogador brasileiro em relação a seus companheiros de Paris Saint-Germain e afirma que com o valor e a importância pelo qual Neymar foi contratado na maior transação da história do futebol, espera-se sempre mais dele.
"A régua para o que o Neymar fez é diferente da dos outros, porque nenhum jogador foi contratado por um país para transformar um time, vamos chamar, nem médio era, porque o PSG nem era um frequentador assíduo assim de Liga dos Campeões, para transformar o PSG em um time campeão europeu, um time de maior evidência, brigando entre os maiores, foi colocado muito dinheiro e ele é o jogador mais caro da história do futebol", diz Mauro Cezar.
"Ele foi contratado para fazer cosias diferentes, para ser o super-herói, para aparecer na hora mais difícil, para virar esse jogo agora em Manchester, essa é a tarefa dele, não adianta fugir disso, ele foi contratado para isso, então, quando a gente vai avaliar o Neymar, não pode ser que nem avaliação do que fez o Di Maria, o Paredes, o Gana Gueye, o Verratti e nem o Mbappé, que foi contratado como um jovem", completa.
O jornalista afirma que pelo valor pago em sua contratação, Neymar precisa assumir o papel de super-herói e decidir as partidas, o que faz com que uma atuação apenas razoável do jogador seja seguida de crítica.
"Quando ele aceita isso, além de funcionar como uma ferramenta em um jogo geopolítico ali do Qatar e essa coisa toda, ele assume uma responsabilidade, ele é o Superman, o Batman, é o super-herói, tem que meter uma capa e resolver, é isso que se espera dele. Isso não sou eu que estou falando, é o cenário que foi construído. Então quando ele faz uma partida boa, razoável, sempre é menos do que se espera dele, porque realmente ele foi contratado para isso, não foi para ser mais um jogador, mas um supercraque", afirma Mauro.
"O Neymar tem que fazer mais, vai ter uma nova chance e se ele fizer, a gente vai voltar aqui e vai falar como o Neymar brilhou. É o que se espera dele, qualquer coisa menos que isso não é satisfatório, isso é a mera realidade, é a mera constatação", conclui.
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