Jogador acusado de racismo na Espanha é inocentado

Juan Cala, jogador do Cadiz, da primeira divisão espanhola, foi acusado de cometer ofensas racistas por Mouctar Diakhaby, do Valencia quando as equipes se enfrentaram, em 04/04, mas, a Real Federação Espanhola de Futebol, após um estudo de caso, afirmou que o insulto "não foi provado".

Diakhaby afirmou em exclusiva para o jornal AS: "Você pode ver na imagem que ele se virou um pouco para mim e a última palavra que ele diz é m*. Quando ele diz isso [negro de m*] ele está quase no chão".

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Após a declaração de Diakhaby, Juan Cala se pronunciou: "Não sei o motivo do Diakhaby ter atuado assim. Eu tento acalmá-lo e dizer que não falei aquilo e aí vejo todo o espetáculo formado. Ou Diakhaby inventou ou entendeu errado quando eu disse "me deixa em paz". Tudo se converteu em um circo quando poderia ter sido mais fácil".

A La Liga, que organiza o Campeonato Espanhol, já havia noticiado que não encontrou provas de que Juan Cala foi racista e agora, a RFEF, Real Federação Espanhola de Futebol, reafirmou a decisão, refutando, inclusive, as provas documentais oferecidas pelo Valencia:

"Para refutar a presunção de inocência é necessária a certeza dos factos obtidos da livre apreciação das provas, certeza que neste caso é inexistente. São rejeitadas as provas documentais e testemunhais fornecidas pelo Valencia".

O relatório tem oito páginas e assume um posicionamento forte dizendo que o caso de racismo "não foi provado", concluindo que Cala não foi racista com Diakhaby quando Cadiz e Valencia se enfrentaram pelo Campeonato Espanhol.

O Valencia, clube que Diakhaby defende, se pronunciou com palavras fortes e um tom de indignação: "Nenhum dos numerosos arquivos audiovisuais disponíveis serve para discernir um alegado insulto racista."

O Cadiz, clube de Juan Cala, contratou uma empresa de investigação para o caso, a Alpherton Grupo Investigación, que divulgou um relatório informando que as provas de comportamento racista apresentadas pelo Valencia "não tem depoimento direto ou indireto do possível insulto", concluindo também que não houve caso de racismo entre Cala e Diakhaby.

Após a decisão divulgada, o Valencia emitiu uma nota reafirmando seu apoio ao atleta Diakhaby "acreditamos em você"