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Organizada do Santos é punida por faixa em clássico contra o Corinthians

Torcida organizada do Santos montou mosaico na Vila  - Reprodução/Twitter
Torcida organizada do Santos montou mosaico na Vila Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

30/04/2021 19h41

A Torcida Jovem, do Santos, foi punida pela Polícia Militar por uma faixa estendida na Vila Belmiro no clássico contra o Corinthians, no último domingo (25). O mosaico, com os dizeres "109 anos na primeira divisão", foi considerado ofensivo pela corporação, que proibiu a instalação de qualquer tipo de material, com ou sem o nome da organizada, na partida de quarta-feira (4), contra o The Strongest, pela Libertadores.

"A punição foi registrada pela Polícia Militar, que considerou o mosaico da última partida - '109 anos na primeira divisão' - como uma provocação ao adversário. Embora não tenha existido nenhum comunicado no dia do jogo. Além disso, produzimos o mosaico para exaltar nossa história, inegavelmente a mais gloriosa do país, o que torna impossível alegar que a ação tenha sido motivada por 'provocação', como julgou a Polícia Militar", diz a nota oficial divulgada pela torcida.

"Seguimos sem a clareza de definição de quais órgãos são responsáveis por essa análise e quais seus critérios, tornando as punições desproporcionais. A punição por parte da PM não considerou quais campeonatos estavam em disputa, e determinou que a punição no Campeonato Paulista fosse cumprida na Copa Libertadores. Além disso, impossibilitou a colocação de faixas sem o nome da torcida, algo que ainda com público era possível".

No texto, a Jovem classifica como "absurda" a determinação do envio de ofício com 48 horas de antecêdencia das partidas para instalação das bandeiras

"Em meio a pandemia, com jogos sem público, essa é mais uma das ferramentas usadas para limitar nosso direito de torcer, até mesmo a distância", afirma a torcida, que pediu ainda que a atual gestão do Santos "não seja passiva quanto as anteriores no que diz respeito aos direitos e a liberdade do torcedor santista".

Casos semelhantes

Recentemente, um mosaico feito pela Gaviões da Fiel, principal organizada do Corinthians, também causou polêmica com a Polícia Militar de São Paulo. A organizada provocou o Palmeiras, na segunda rodada do Paulistão, com os dizeres "2000-2012- Nunca serão", uma alusão ao fracasso alviverde no Mundial de Clubes.

Horas antes do jogo, PM e Ministério Público solicitaram que a peça fosse retirada por incitar a violência, sem sucesso. O clube entendeu que não havia ato ilícito ou ordem judicial para acatar o pedido.

Leia a nota da Torcida Jovem na íntegra:

"A Torcida Jovem do Santos comunica que no jogo do dia 4/5 na Vila Belmiro estará impedida de colocar qualquer tipo de material.

A punição foi registrada pela Polícia Militar, que considerou o mosaico da última partida - "109 anos na primeira divisão" - como uma provocação ao adversário. Embora não tenha existido nenhum comunicado no dia do jogo.

Além disso, produzimos o mosaico para exaltar nossa história, inegavelmente a mais gloriosa do país, o que torna impossível alegar que a ação tenha sido motivada por "provocação", como julgou a Polícia Militar.

Seguimos sem a clareza de definição de quais órgãos são responsáveis por essa análise e quais seus critérios, tornando as punições desproporcionais.

A punição por parte da PM não considerou quais campeonatos estavam em disputa, e determinou que a punição no Campeonato Paulista fosse cumprida na Copa Libertadores. Além disso, impossibilitou a colocação de faixas sem o nome da torcida, algo que ainda com público era possível.

Deixamos registrado também a absurda determinação do envio de ofício 48h antes de cada partida. Em meio a pandemia, com jogos sem público, essa é mais uma das ferramentas usadas para limitar nosso direito de torcer, até mesmo a distância.

Esperamos que a atual gestão do Santos Futebol Clube não seja tão passiva quanto as anteriores, no que diz respeito aos direitos e a liberdade do torcedor santista, e defenda sua história, que está sendo julgada como ofensiva.

Continuaremos exaltando a história do maior clube do mundo."

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