Fabinho se inspira em De Bruyne para se firmar no Palmeiras e honrar o pai
Humilde, honesto e sempre sorridente. É assim que amigos e familiares descrevem Fabinho, de apenas 19 anos. Meio-campista chamado pelo técnico Abel Ferreira para integrar o elenco profissional nesta temporada, ele, agora, quer cavar o próprio espaço no clube para honrar a memória do pai, Flavio Silva, que faleceu em outubro do ano passado. Amanhã (2), contra o Santo André, ele tem a chance de entrar em campo e ajudar o Palmeiras a se manter na briga pela vaga na próxima fase do Paulistão.
O pai de Fabinho faleceu, há seis meses, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral). Ele era militar da Marinha e responsável, ao lado da esposa Geysa Freitas, por incentivar Fabinho a dar os primeiros passos no futebol. O casal que era de Natal, no Rio Grande do Norte, migrou para São Paulo, em 2011, e encontrou no esporte uma possibilidade de ocupar o tempo dos filhos - o irmão se chama Flavio Júnior, de 21 anos.
Aos nove anos, Fabinho foi matriculado em uma escolinha de futebol no bairro do Jaguaré, bairro da zona oeste de São Paulo. O menino que até então praticava artes marciais se destacou e foi convidado para treinar em uma outra escolinha federada em Osasco. Passou pela Portuguesa e, em 2015, chegou ao Verdão para, logo, participar do programa de intercâmbio com o futsal, no qual se tornou campeão metropolitano e estadual na categoria sub-14 no ano posterior.
O pai que o acompanhava em treinos e jogos não teve a oportunidade de ver Fabinho fazer o seu primeiro jogo como profissional no clássico com o Corinthians, no dia 3 de março, no empate em 2 a 2. Também não viu o filho estrear como titular no duelo contra o Mirassol, no último dia 25, com boa atuação apesar da derrota por 2 a 1.
"Nós acabamos nos dedicando muito a ele [Fabinho]. Eu, como autônoma, ficava responsável por levar ele aos treinos, mas o pai esteve muito presente. Sempre participante. Agora, para nós, tem sido um momento com misto de alegria pelo Fabinho e tristeza pelo falecimento do pai dele. Porque ele acompanhou de perto e não teve a chance de curtir esse momento. Mas Deus sabe de tudo, e o Fabinho precisa aproveitar cada oportunidade que tiver", disse a mãe Geysa Freitas, de 47 anos, em entrevista ao UOL Esporte.
Apesar da pouca idade, Fabinho é muito disciplinado e dedicado à carreira. Gosta de aprender com a experiência de Felipe Melo dentro do clube e de se inspirar em Kevin De Bruyne, meio-campista do Manchester City-ING. Considerado um jogador moderno e dinâmico, o palmeirense é tido como uma promessa e com potencial de ser tornar um grande atleta do nível do futebol europeu, como considera o próprio estafe que trabalha com ele.
No tempo livre, como qualquer adolescente, gosta de jogar videogame e estar ao lado da família para desfrutar do seu prato favorito, a lasanha feita pela mãe. E assim, aos poucos, Fabinho vai cumprindo a promessa que fez ao pai: dar-lhe orgulho.
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