Demissão de funcionários gera atrito com resistência na cúpula do Botafogo
Em meio a uma crise financeira, o Botafogo realizou, hoje (4), a demissão de funcionários de diversas áreas do clube e fez eclodir mais um capítulo de um conflito interno na atual gestão, encabeçada por Durcesio Mello.
Nesta manhã, mais de 90 funcionários foram informados que seriam desligados do Alvinegro. As saídas acontecem na semana seguinte à proposta apresentada pelo Glorioso em chegar a um acordo por diminuição salarial, via Sindeclubes, mas que foi rejeitada pelos funcionários — informação publicada, inicialmente, pelo "ge" e confirmada pelo UOL Esporte.
A decisão da cúpula, que visa reduzir custos e via este caminho como inevitável, fez com que os bastidores ficassem ainda mais agitados. Alguns vice-presidentes — principalmente das pastas mais afetadas — foram contra as demissões e houve pressão interna para que elas não acontecessem, alegando uma mudança muito brusca na estrutura.
Internamente, há integrantes da diretoria que acreditam que a reprovação das demissões seja devido a um choque político. Para esta ala, tal resistência teria a intenção de evitar a perda de influência no clube.
Ao mesmo tempo que vem encontrando relutância para dar seguimento a certas promessas de campanha, Durcesio vem sendo cauteloso e evitado criar novos obstáculos. Na avaliação do mandatário, a diminuição das vice-presidências, neste momento, por exemplo, poderia ter reflexos diretos no diálogo com o Conselho Deliberativo e até mesmo na base política da gestão.
O Botafogo conta atualmente com cinco vice-presidentes: o geral e financeiro, Vinicius Assumpção; de esportes gerais, Daniel Pereira Junior; jurídico, Marcelo Barbieri; de remo, Hilário de Gouvêa Vieira; social,Thiago Sallibi.
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