Cochilo no chão e sem água: argentinos citam caos do Independiente na Bahia
Parte da delegação do Independiente passou por um verdadeiro perrengue ontem no aeroporto de Salvador, um dia antes do duelo contra o Bahia, pela Sul-Americana - os clubes se enfrentam às 19h15 (horário de Brasília).
Tudo começou quando 11 integrantes do clube (oito jogadores e três membros da comissão) foram barrados pela Anvisa de saírem do local após diagnóstico positivo para a covid-19. Enquanto eles ficaram retidos, o restante da equipe se encaminhou normalmente para um hotel da cidade.
De acordo com o jornal Olé, os contaminados passaram mais de seis horas no local sem água ou qualquer tipo de comida. O veículo crava que eles estavam aptos para a viagem, com testes negativos realizados em Buenos Aires.
O repórter Matías Martínez, da rádio La Red, disse em seu Twitter que conversou com os jogadores. "Eles me disseram que dormiram seis horas. Tiveram desconforto nas pernas e na garganta com o frio que passaram", escreveu.
O jornalista também publicou uma foto com os membros barrados do Independiente deitados no chão do aeroporto nordestino, fato que gerou revolta em um membro do departamento de futebol da equipe.
Pablo Virasoro, cônsul da Argentina na Bahia, e Daniel Scioli, embaixador da Argentina no Brasil, foram chamados para ajudar, mas não puderam fazer muita coisa. O cônsul explicou que há protocolos diferentes entre os países na detecção do vírus da covid-19.
"Ontem à noite o grupo principal foi liberado e 11 pessoas foram retidas. Aquele grupo teve que esperar no aeroporto. A Conmebol permite que os jogadores viajem e até joguem com um PCR positivo quando há um certo tempo entre a detecção inicial e o momento da partida", iniciou ele ao Olé.
"A questão é que as autoridades brasileiras desconhecem essa possibilidade. O critério da autoridade sanitária brasileira é carga viral 0, e alguns jogadores ainda tinham uma carga residual por já terem contraído a infecção", explicou.
Jogo confirmado
Na manhã de hoje, a Conmebol chegou a cancelar a partida por conta da polêmica, mas voltou atrás a pedido do próprio Independiente.
No Twitter, o clube disse que aceitou jogar diante do calendário apertado, mas disparou contra as autoridades brasileiras.
"As autoridades de saúde da Bahia nos maltrataram sem motivo, deixando-nos presos por mais de seis horas. Esperamos que este tipo de inconveniente não volte a acontecer e que sirva de precedente para futuras ocasiões que envolvam tanto a nossa instituição como quem participa num torneio internacional."
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