Infantino condena Superliga, mas não concorda com todas as punições da Uefa

Semanas depois da polêmica da Superliga, o presidente da Fifa, Gianni Infantino falou sobre o torneio e suas consequências para o jornal francês L'Equipe e, apesar de confirmar sua posição contra a criação da competição, surpreendeu ao falar sobre as punições que a Uefa ameaçou aos times participantes.

"Algumas ações devem ter consequências e todos devem assumir suas responsabilidades, mas você deve sempre ter cuidado ao falar sobre sanções. Ao punir um clube, também são punidos jogadores, treinadores, torcedores, que não têm nada a ver com isso", disse o presidente da Fifa.

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Claro, mesmo com a cautela sobre as sanções, Infantino detonou a Superliga. "A criação de uma liga separatista não é apenas inaceitável, mas simplesmente inimaginável", disparou.

Sobre uma solução para o futebol, que não seja nos moldes da Superliga, o presidente deu um discurso com algumas ideias já ventiladas por muitos.

"Precisamos criar um futebol melhor e mais saudável, onde estejamos mais bem preparados para enfrentar desafios como esta pandemia, sem correr o risco de colapso. Confiamos na introdução de tetos salariais e transferência taxadas, uma limitação do número de jogadores por equipe ou do número máximo de jogos que os melhores podem jogar por temporada. Menos quantidade e mais qualidade deve ser o nosso lema. A nível nacional, menos equipes e mata-mata, por exemplo, poderia tornar as competições mais emocionantes", concluiu.