Clássico América-MG x Cruzeiro promete uma semana de polêmicas
A semana do clássico decisivo para América-MG e Cruzeiro, que lutam por uma vaga nas finais do Campeonato Mineiro, começou quente nos bastidores e promete muito agito até a data do confronto, no domingo (9), às 16h, no estádio Independência. Depois da confusão no corredor de acesso aos vestiários do Mineirão logo após o apito final no jogo de ida das semifinais — que terminou 2 a 1 para o Coelho —, o clima de guerra se mantém com declarações fortes de ambos os lados.
Para avançar à decisão, o América-MG joga pelo empate, enquanto a Raposa precisa vencer por dois gols de diferença se quiser a vaga na decisão. Do outro lado, o Atlético-MG já tem ampla vantagem, depois de ter vencido a Tombense por 3 a 0.
O conflito
Nos bastidores do jogo no Mineirão houve discussão, xingamentos e agressões verbais. Só não houve relatos de brigas, com agressões físicas de fato. Muito pelo trabalho dos seguranças de ambos os clubes, que contiveram o ímpeto de quem se envolveu na discussão.
O atacante Marcelo Moreno, por exemplo, estava irritado com o treinador americano: "Ô, Lisca, vai ter volta, hein", afirmou o boliviano. "Faltou com respeito com a gente", completou o atacante cruzeirense.
O técnico Lisca jogou ainda mais lenha na fogueira com seu comportamento já conhecido, explosivo e irônico. O treinador do América-MG não poupou críticas aos rivais cruzeirenses e acusou jogadores e membros da comissão técnica de fazerem gestos de cunho sexual, quando foi explicar a discussão ainda no gramado.
"Confusão em campo é normal. Depois do gol deles que o VAR demorou, o banco deles provocou, botou mão em órgãos genitais, falou um monte de coisa, mas o América-MG não vai mais aceitar isso. Não vai mais aceitar. Se tiver provocação de lá, vai ter daqui também. Se falar de lá, vamos falar daqui", disparou Lisca em coletiva após a partida de domingo.
Provocação
Lisca ainda provocou o Cruzeiro a enfatizar a expressão "Série A" em uma de suas respostas, alfinetando o time celeste, que no ano passado não conseguiu o acesso à Primeira Divisão do Brasileiro, diferentemente de seu América-MG, que foi vice-campeão da Segundona.
"A partir de segunda-feira vamos trabalhar sério e buscar concentração aos nossos focos: a semifinal do Mineiro, a Série A... a Série A e a Copa do Brasil", ironizou.
O comandante americano foi criticado duramente por um dos maiores nomes do Cruzeiro na atualidade: o goleiro Fábio. Lisca e o camisa 1 da Raposa discutiram ainda quando a bola estava rolando. Na leitura labial foi possível identificar que o arqueiro cruzeirense disse que "respeitava muito o trabalho de Lisca", que retrucou com o gesto de abrir e fechar os dedos, conhecido como "fala muito".
Em um áudio que vazou em aplicativos de bate-papo, Fábio fez questionamentos ao currículo de Lisca. "Do treinador (do América) é até lamentável falar. A carreira dele que diz o que é o que não é. Mas é continuar trabalhando. Fé em Deus que vai dar tudo certo esse ano", disse o goleiro em resposta a uma pessoa que não foi identificada.
Pedido de respeito
Quem saiu em defesa de Fábio foi o volante Rômulo, que retornou do futebol italiano nesta temporada para defender o Cruzeiro. Em seu Instagram o meio-campista cobrou respeito ao ídolo celeste e aos amantes do esporte.
"Respeito vai muito além de educação ou disciplina, rompe barreiras e influencia todos ao redor. Não pedimos respeito somente ao Fábio, um dos maiores, se não o maior atleta brasileiro na atualidade e um dos maiores goleiros da história, mas a todos que amam esse esporte, tendo a consciência que nossas palavras e atitudes influenciam milhões e milhares quer no sentido positivo ou negativo", publicou.
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