Jovem faz tatuagem do Palmeiras para homenagear pai que morreu de covid-19
O programa favorito de Laís, 31, e Cleir Corrêa era assistir aos jogos do Palmeiras juntos. Pai e filha moravam em Curitiba e planejavam ir a São Paulo para ver uma partida do time do coração no Allianz Parque assim que fosse possível. O sonho foi interrompido pela covid-19, que vitimou Cleir aos 56 anos de idade. A jovem, então, decidiu eternizar seus momentos preferidos com o pai em uma tatuagem.
O desenho representa Laís e Cleir acompanhando as partidas na sala da casa da família. "Era a coisa que a gente mais fazia: falar do Palmeiras o dia inteiro e assistir aos jogos tomando nossa cerveja. Eu fiz um esboço e mandei para a tatuadora, que fez esse trabalho incrível e me emocionou muito", disse a paranaense ao UOL Esporte.
"A lembrança mais forte que tenho é a Libertadores de 99. Passei muitas alegrias com meu pai, e também passamos todos esses anos de perrengue. O Palmeiras era um elo só nosso, além de todo o amor de pai e filha e a relação de amizade e carinho que tínhamos entre a família. A gente falava sobre o time o dia inteiro", acrescentou.
Cleir testou positivo para covid-19 e foi internado no início de março. O paranaense foi intubado no dia 10 e reagiu bem ao tratamento. Apesar disso, ele teve uma piora significativa e não resistiu. O pai de Laís morreu no dia 28 de março, e a última partida que eles acompanharam juntos foi a final da Copa do Brasil, na qual o Palmeiras sagrou-se campeão depois de vencer o Grêmio.
"Meu pai passou esse amor pelo Palmeiras para mim. E nada foi forçado. A gente via tudo junto. Agora, além da Libertadores de 99, os dois títulos mais recentes [Libertadores e Copa do Brasil 2020] marcam demais. Foram os últimos que vi com ele. No dia da final da Copa do Brasil, ele não estava intubado ainda e foi a última vez que a gente conversou mais, porque ele tinha ainda força para falar um pouquinho. Comentamos tudo por mensagem", relembrou Laís, muito emocionada.
Agora, Laís está unindo forças para assistir aos jogos sem o companheiro favorito. "Eu estou me respeitando. Alguns [jogos] eu consigo, outros não dá. É muito doloroso olhar para o lado e ver que ele não está lá. Difícil. Estou em conflito. Mas tenho certeza que daqui a pouco o meu coração vai se acalmar e vou voltar à normalidade de assistir a todos os jogos", encerrou.
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