Fluminense arranca empate com o Junior (COL) e segue líder na Libertadores
Após uma epopeia de deslocamentos e desorganização, o Fluminense saiu atrás, mas arrancou empate por 1 a 1 com o Junior (COL), em Guayaquil. Borja abriu o placar em pênalti mal marcado para os colombianos, mas Kayky igualou. Com o resultado, o Tricolor segue na liderança do grupo D da Libertadores.
A partida que seria em Barranquilla acabou disputada em Guayaquil, no Equador, em função do caos social na Colômbia. A Conmebol remarcou o jogo com nova sede apenas 30h antes do apito inicial, e as equipes precisaram viajar mais de 1500 quilômetros.
Em campo, o Flu sofreu mais uma vez com o apito: o árbitro chileno Julio Bascuñan marcou pênalti inexistente de Kayky em Fuentes, distribuiu cartões, inverteu faltas e irritou o time brasileiro.
Nino ganha todas e é o melhor do Flu
Em uma partida pouco inspirada do Fluminense, o zagueiro Nino tratou de ser o destaque do Tricolor. Com destaques da equipe bem abaixo de seu nível, coube ao defensor ganhar todas na defesa e ser perigoso na bola aérea defensiva. O camisa 33 foi o melhor em campo no time de Roger Machado.
Yago erra muito e vai mal em Guayaquil
Se o Fluminense não teve muitos destaques positivos, não faltaram jogadores abaixo de seu próprio nível. O pior deles em campo em Guayaquil foi Yago, que apareceu mais reclamando com o árbitro do que no meio de campo. Com seu jogo ruim, o Tricolor se ressentiu de conexão entre a defesa e o ataque.
Flu começa nervoso e erra muito
O contexto de viagens exaustivas e desnecessárias parece ter tirado a concentração do Fluminense no jogo em Guayaquil. Os primeiros dez minutos do Tricolor foram um show de horrores, com passes errados na saída de bola e reclamações com o juiz. Distraído, o Flu não criou nada e cedeu espaços e chances ao Junior.
Junior abre placar em pênalti inexistente
Mesmo com a má atuação do time de Roger Machado, o gol do Junior que abriu o placar não aconteceria em uma competição que tivesse o árbitro de vídeo. Apesar da opulência que a Conmebol demonstra, a fase de grupos da Libertadores, entretanto, não tem VAR. Dependendo do olho humano, o Tricolor foi claramente prejudicado com a marcação do chileno Julio Bascuñan, que viu pênalti que não existiu em uma roubada de bola de Kayky na grande área. Borja, que não tinha nada com isso, bateu com perfeição para abrir o placar.
Com calma de veterano, Kayky empata
Em um time repleto de veteranos, coube ao jovem Kayky, de 17 anos, ter calma para empatar o jogo. O Fluminense conseguiu um escanteio, Nenê foi para a cobrança, Luccas Claro desviou e o moleque de Xerém matou a bola na pequena área antes de tocar no cantinho e deixar o placar igual em Guayaquil.
Árbitro perde controle e jogo fica truncado
As recorrentes marcações equivocadas fizeram o árbitro Julio Bascuñan perder completamente o controle da partida. Com os jogadores nervosos em campo, o jogo ficou truncado, muitas vezes paralisado por cartões, faltas e discussões. Só na primeira etapa, o chileno distribuiu seis amarelos para os 22 em campo — a maioria sem sentido.
Intervalo acalma ânimos
Na volta do vestiário, as duas equipes pareciam menos tensas do que encerraram a primeira etapa. Em vez das reclamações constantes com a marcação e discussões desnecessárias, os dois times se preocuparam em jogar futebol. De início, o Flu reteve mais a bola, mas depois, o Junior tomou conta da posse. Ainda assim, exceto por chances dos centroavantes Borja e Fred, a partida acabou perdendo intensidade.
Mexidas de Roger não surtem efeito
De olho no ritmo em queda do Tricolor, Roger Machado mexeu no ataque. Trocou primeiro os pontas Kayky e Luiz Henrique por Gabriel Teixeira e Caio Paulista, e depois Nenê e Fred por Cazares e Bobadilla. Mas as substituições não surtiram efeito. A ideia, claramente, era explorar os contra-ataques, uma vez que o Junior, com a posse, jogava adiantado e é um time lento. Mas com Martinelli e Yago mal no jogo, a bola não chegava na frente.
Junior assusta, mas não acerta gol
O Fluminense caiu de produção no segundo tempo e contou mais com a sorte do que qualquer outra coisa. Com isso, o time colombiano assustou. De fora da área, Pajoy carimbou o travessão, aos 33 — o meia também tinha chutado com perigo aos nove. O perigoso Borja até levava a melhor no confronto com Luccas Claro, mas pouco apareceu nos últimos 45 minutos.
Marcos Felipe salva em demora da arbitragem
A demora da arbitragem para marcar um impedimento obrigou Marcos Felipe a fazer uma defesa de cinema. Mesmo se Julio Bascuñan voltasse a errar, o goleiro tricolor garantiria pontos importantes com o milagre em Guayaquil.
FICHA TÉCNICA
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2021
JUNIOR-COL 1 x 1 FLUMINENSE
Data/Hora: 06/05/2021, às 21h (de Brasília)
Local: Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil (EQU)
Árbitro: Julio Bascuñan (CHI)
Assistentes: Jose Retamal (CHI) e Miguel Rocha (CHI)
Gols: Borja (JUN), aos 10' do 1º tempo e Kayky (FLU), aos 19' do 1º tempo
Cartões amarelos: Martínez, Viera, Borja, (JUN) Nene, Nino e Danilo Barcelos (FLU)
JUNIOR BARRANQUILLA: Viera, Viáfara, Fuentes (Velasco), Martínez e Rosero Valencia; Moreno, Vásquez, Pajoy (Berdugo), Hinestroza e Cetré (Piedrahita); Borja. Técnico: Luís Peréa.
FLUMINENSE: Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro, Danilo Barcelos; Yago (Wellington), Martinelli, Nene (Cazares); Luiz Henrique (Caio Paulista), Fred (Bobadilla) e Kayky (Gabriel Teixeira). Técnico: Roger Machado.
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