O brasileiro Fernandinho foi titular e capitão do Manchester City na vitória por 2 a 0 diante do Paris Saint-Germain, que garantiu a classificação para a final da Liga dos Campeões, justamente no dia em que completou 36 anos, tendo uma atuação impecável para levar seu clube à decisão europeia pela primeira vez.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL, Mauro Cezar Pereira afirma que Fernandinho é um jogador subestimado e que muitas vezes paga por ter participado de derrotas da seleção brasileira em Copas do Mundo, sendo criticado no Brasil, enquanto tem seu futebol reconhecido na Europa e pelo técnico Pep Guardiola.
"Fernandinho é outro cara também que muitas vezes é subestimado. Agora mesmo nesse jogo contra o PSG, o Fernandinho faz uma jogada boa e você vê gente escrevendo assim na rede social 'ah, o Fernandinho, errou o Fernandinho de novo, acerou, nossa, ele acertou'. Aí volta para o jogo da seleção, desenterra os jogos antigos, quer dizer, é uma tatuagem que os caras colocam no sujeito como se aquele mau momento representasse a carreira dele?, diz Mauro Cezar.
"O camarada joga com o Guardiola que é workaholic, é um maluco, um cara super exigente, já está veterano e o Guardiola não abre mão dele, manda renovar contrato atrás de contrato. Deve ser ruim o cara não é? E o Guardiola é maluco, em um jogo importantíssimo, coloca o Fernandinho. É uma outra visão até de perseguição, o Fernandinho é um grande jogador também e às vezes é incompreendido por má vontade de pessoas aqui no Brasil, e é outro cara que é um vencedor", completa.
Assim como Fernandinho, Mauro também cita Thiago Silva, zagueiro que pela segunda temporada seguida chega a uma decisão de Liga dos Campeões, desta vez com o Chelsea, depois do vice-campeonato com o Paris Saint-Germain, rebatendo os que chamam o defensor de 'chorão' ainda pela Copa do Mundo de 2014.
"Se eu fosse dirigente, eu contrataria o Thiago Silva e se ele quisesse caixas e caixas de lenços, eu forneceria com todo o prazer. Ele pode chorar à vontade, é um dos maiores zagueiros do mundo até hoje, um jogador muito acima da média", diz Mauro Cezar.
O jornalista cita a comemoração de Thiago Silva com o técnico alemão Thomas Tuchel, lembrando que os dois saíram do Paris Saint-Germain pela vontade dos dirigentes do clube francês e conseguiram dar a volta por cima se reencontrando no Chelsea.
"No final do jogo o abraço dele com o Tuchel também foi um momento bem marcante, que os dois saíram do PSG, os dois estão na final, naquele exato instante estavam classificando para mais uma decisão de Liga dos Campeões e os dois saíram meio mal lá do clube", diz Mauro.
"É isso, uma certa implicância por conta de um determinado momento, você pode até questionar o comportamento dele, mas isso não pode ser tratado como se a carreira do sujeito fosse só aquilo", conclui.
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