Torcedores criticam demora do Altos-PI em se posicionar sobre agressão
Torcedores do Altos-PI criticam a demora de quase 14 horas para o clube se posicionar, por meio de nota, sobre a agressão filmada contra a jornalista Emanuelle Madeira, da TV Clube, que ocorreu na noite de ontem (5), após a partida entre o Jacaré e o Fluminense-PI pelo Campeonato Piauiense.
"A Associação Atlética de Altos vem respeitosamente diante de seus torcedores e toda sociedade piauiense combater toda forma de violência, especialmente a ocorrida ontem, contra uma mulher, no exercício de suas funções laborais, após o jogo na cidade de Altos. Na oportunidade, a Associação Atlética de Altos se solidariza e apresenta suas sinceras desculpas à profissional agredida, e se compromete a abrir uma investigação e solucionar o caso", diz trecho da nota publicada hoje nas redes sociais.
Até a noite de ontem, a equipe se limitava a afirmar que o agressor, identificado pela Procuradoria de Justiça Desportiva como João Paulo dos Anjos, não fazia parte da estafe do clube. A informação foi desmentida pelo delegado da partida, Jaime das Chagas Oliveira.
Torcedores acusam o clube de só se posicionar porque o caso ganhou destaque na imprensa nacional. "Demoraram para se pronunciar, só quando as grandes mídias começaram a noticiar. Posicionamento fraco, que foi feito só por causa da repercussão, se ninguém tivesse comentado, nada nunca teria acontecido", comentou uma internauta na publicação da equipe no Instagram.
Enquanto alguns internautas pedem a expulsão do funcionário do quadro técnico da equipe, outros afirmam que violência não se combate com nota oficial.
Ainda hoje, o procurador João Evangelista Sena Júnior, do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí afirmou afirmou ao UOL Esporte que vai enviar as provas da agressão ao Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí, que deve julgar o caso até a próxima semana. Se julgado procedente o vínculo da equipe com João Paulo dos Anjos, o clube corre o risco de ser punido com a interdição do seu estádio interditado até o final do Campeonato Piauiense e o pagamento de multa.
Além da esfera esportiva, o clube e o agressor devem ter que responder criminalmente, já que um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil. João Evangelista afirmou que os documentos também serão encaminhados ao Ministério Público Estadual assim que a denúncia for julgada pelo TJD,
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