Atlético-MG x América de Cali é paralisado por gás de protestos na Colômbia
A partida entre América de Cali e Atlético Mineiro pela Libertadores, em Barranquilla, foi paralisada quatro vezes por alguns minutos, devido ao efeito do gás lacrimogêneo usado nas ruas pela polícia colombiana nos protestos que estão tomando conta do país.
Na terceira vez que os jogadores solicitaram a pausa, pelo mal-estar causado, os mesmos precisaram deixar o gramado e aguardaram uma decisão do árbitro para a retomada da partida, que decidiu terminar a primeira etapa.
A nuvem de gás chegou até o gramado, e os jogadores foram afetados. Quando o jogo voltou, era possível ouvir as bombas do lado de fora. Antes do apito inicial, as explosões tomaram todo o minuto de silêncio.
No decorrer do confronto, os jogadores não esconderam a insatisfação de jogar diante das condições apresentadas. Ainda nos minutos finais do primeiro tempo, mais uma paralisação foi feita para os atletas respirarem.
Mesmo sem a paralisação por parte dos árbitros, que insistiram em terminar a primeira etapa. Os jogadores do América de Cali ficaram tocando a bola entre si para que o juiz finalizasse a etapa inicial.
A primeira etapa teve 11 minutos de acréscimos e terminou com o placar de 1 a 1, Hulk foi quem marcou pelo clube brasileiro e Santiago Moreno empatou três minutos depois.
Na volta do intervalo, o jogo foi reiniciado, mas os efeitos das bombas continuaram sendo sentidos dentro de campo. Logo aos três minutos, Arana jogou a bola para fora voluntariamente e cobriu o rosto com a camisa.
Não foi a primeira vez
O gás lacrimogêneo lançado pela polícia colombiana nos manifestantes que protestavam nos arredores do estádio Romelio Martinez, onde Júnior Barranquilla-COL e River Plate empataram por 1 a 1 na noite de hoje pela fase de grupos da Libertadores fez com que a partida fosse interrompida por dois minutos.
Protestos na Colômbia
A Colômbia vive uma onda de manifestações há cerca de duas semanas, atiçadas pela revolta popular contra uma proposta de reforma tributária. O projeto foi descartado, mas diante de novas demandas da população mais pobre, ainda não houve acordo.
Os manifestantes se organizaram durante os últimos dias para impedir a realização da partida. Um cartaz com os dizeres "se não há paz, não há futebol" circulou nas redes sociais, chamando as pessoas para irem ao entorno do estádio para evitar a chegada das delegações. Na semana passada, três jogos foram transferidos para o Paraguai por esse motivo.
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