Em clima de guerra, Atlético-MG vence na Colômbia e avança na Libertadores
Literalmente, cenário de guerra. Foi neste clima que o Atlético-MG encarou o América de Cali nesta quinta-feira (13). O duelo, disputado no Romelio Martínez, em Barranquilla, e vencido pelo time brasileiro por 3 a 1, dividiu espaço com o embate entre milhares de manifestantes e a polícia colombiana nas ruas que cercam o estádio. Bombas, pedras e balas de borracha ditaram o som ambiente enquanto acontecia o jogo da quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, que deu a classificação antecipada aos mineiros.
Cobrando mudanças no país, como a compra de vacinas para covid-19, reformas na saúde, por exemplo, os colombianos estipularam o "paro nacional" (paralisação) e prometeram seguir com os atos até que o governo local dê uma resposta prática. A realização dos duelos internacionais da Libertadores no país também incomoda bastante e entrou na pauta das manifestações.
Falando de futebol, com o triunfo em Barranquilla, o Atlético-MG garantiu-se nas oitavas de final da principal competição da América do Sul, com duas rodadas de antecedência. No domingo (16), o time encara o América-MG pelo jogo de ida da final do Estadual. Na quarta (19), o desafio será novamente pela Libertadores, quando encara o Cerro, no Paraguai.
Quem foi bem: Hulk e Arana
Autores de dois dos três gols que deram a vitória ao Atlético, o atacante e o lateral esquerdo foram dois exemplos de superação. Além de terem o América como adversários, os atleticanos precisaram mostrar força também contra os efeitos da fumaça do gás lacrimogêneo que era jogado do lado de fora do estádio.
Quem foi mal: Conmebol
Com o cenário visto no entorno do estádio Romelio Martínez, a continuidade da partida gerou revolta em muitas pessoas nas redes sociais. Até na transmissão da TV, os comentaristas foram unânimes sobre o absurdo desta decisão. Para estes, o duelo não deveria ter tido sequência, principalmente com a necessidade de paralisações.
Efeitos da confusão
Desde o aquecimento das equipes, os efeitos da confusão entre manifestantes e policiais foram refletidos dentro de campo, atingindo atletas e outros envolvidos na partida.
Aos 40 minutos do primeiro tempo, quando o placar marcava 1 a 1, gols de Hulk e Moreno, o árbitro uruguaio Andrés Cunha precisou parar o jogo pela terceira vez para que os atletas se livrassem dos efeitos do gás lacrimogêneo. Neste momento, os dois times se retiraram de campo e foram para o vestiário. Cenas de jogadores assustados foram vistas pela televisão. No retorno, minutos depois, pouco se viu de bola rolando, até que o árbitro resolvesse, enfim, encerrar a etapa inicial.
Segundo tempo tenso
O clima de incerteza e nervosismo seguiu no segundo tempo. Os sons assustadores das ruas seguiram e, mais uma vez, o efeito do gás fez com que a partida fosse interrompida por alguns minutos até que os atletas se reestabelecessem. Isso, inclusive, desmontou o esquema tático montado pelos respectivos treinadores.
Aos nove minutos, Arana fez o gol que deu alívio aos atleticanos. Já no apagar das luzes, com direito a "chapéu" no goleiro e tudo mais, Eduardo Vargas, acionado no decorrer da partida, deixou o dele e fechou a conta. Com 10 pontos conquistados, o Atético-MG segue como líder isolado do Grupo H.
Ficha técnica:
América de Cali 1 x 3 Atlético-MG
Motivo: 4ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2021 (Grupo H)
Data: 13/05/2021 (quinta-feira)
Horário: 21h (de Brasília)
Local: estádio Romelio Martínez, em Barranquilla (Colômbia)
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai)
Gols: Hulk, aos 21 minutos do primeiro tempo, Arana, aos 9 do segundo tempo, e Vargas, aos 51 do segundo tempo, para o Atlético-MG; Moreno, aos 23 do primeiro tempo, para o América de Cali.
Cartão amarelo: Arrieta, Kevin Andrade e Moreno (AME); Jair (ATL)
Cartão vermelho: Kevin Andrade (AME)
América de Cali: Graterol; Arrieta, Kevin Andrade, Ortiz e Quiñones; Paz (João Rodriguez), Cabrera, Carrascal e Moreno (Sanchéz); Vergara (Aldair Rodriguez) e Adrian Ramos. Técnico: Jersson González
Atlético-MG: Everson; Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair, Tchê Tchê e Nacho (Dodô); Savarino (Vargas), Hulk e Keno (Tardelli). Técnico: Cuca Transmissão:
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