Alex Ferguson se diz 'grato pelos anos extras' após hemorragia cerebral
O ex-técnico Alex Ferguson, que comandou o Manchester United por quase três décadas, se disse "grato pelos anos extras" após ser internado por conta de uma hemorragia cerebral em 2018.
Em uma entrevista ao site da BBC, o britânico de 79 anos, que vai lançar ainda neste mês um filme sobre sua vida, relembrou o drama vivido há três anos. Tudo começou quando ele sofreu um acidente em seu quarto.
"Tentei sair da cama e simplesmente desabei. Tive muita sorte porque caí em uma sapateira, e todos os sapatos caíram e fizeram um barulho. Cathy [esposa de Ferguson] estava no andar de baixo e ouviu. Ela veio e me fez sentar contra a parede, e essa é a última coisa de que me lembro", iniciou.
Ferguson falou que, após a cirurgia, não conseguia falar e, diante disto, ficou com medo de perder a memória.
"Eu sempre dependi disso. E então meus dois netos estavam comigo, e de repente eu parei de falar, eu simplesmente não conseguia dizer uma palavra. Naquele momento, estava um pouco apavorado, para ser honesto. Comecei a pensar: 'o que vamos fazer agora? Não posso falar, minha memória se foi?'. E aí a fonoaudióloga começou a me tratar e foi fantástica. Ela me fez escrever todos os nomes da minha família, todos os nomes dos meus jogadores, e aí uns dez dias depois voltei ao normal", prosseguiu.
Por fim, a lenda do United mostrou que o episódio serviu para que ele mudasse algumas coisas de sua vida. Ao ser questionado pela BBC sobre as tais mudanças, ele respondeu:
"Provavelmente não levando as coisas muito a sério ao saber que você é vulnerável... se eu morrer amanhã, serei grato pelos três anos extras que tive. É um sentimento que eu tenho já faz um bom tempo."
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