Lições do Pueblo Nuevo: o que a derrota para o Táchira mostrou ao Inter
A derrota para o Deportivo Táchira não estava nos planos do Inter. O placar de 2 a 1 precisa ser esquecido rapidamente, de olho em recuperação para a final do Campeonato Gaúcho. Mas os reflexos da partida serão presentes nas avaliações ao longo da semana.
Os ensinamentos do que ocorreu naqueles 90 minutos são diversos. Desde a compreensão de jogos diferentes até testes que foram realizados na equipe. A reportagem do UOL Esporte separou quais questões o Inter terá para trabalhar até encarar o Grêmio na decisão regional.
Emocional: nem soberba, nem desespero
Um dos aspectos que o campo mostrou na derrota para o Deportivo Táchira foi emocional. O Inter entrou "leve", embalado pela série de goleadas que conquistou recentemente. Mas o relaxamento se tornou um problema a partir do gol de Galhardo, no início do segundo tempo. O sentimento aparente foi de que o placar "estava resolvido", o que se mostrou um equívoco.
Depois de uma chance clara desperdiçada pelos venezuelanos, o time gaúcho perdeu totalmente a concentração. Os jogadores passaram a tomar decisões erradas, movimentos não foram naturais, erros por apressar as jogadas ou até por "tranquilidade demais" surgiram em profusão.
Como efeito dominó vieram os dois gols, a virada e a derrota. O controle para toda partida, sem superdimensionar o jogo, mas também sentindo a importância dele, precisa ser recuperado para o clássico.
Técnica: falhas na defesa preocupam
A principal lição técnica diz respeito à defesa. Não apenas os gols saíram de falhas — com Moisés, Zé Gabriel, Edenilson e Lomba como protagonistas. Mas também houve outras tantas chegadas do Deportivo Táchira que poderiam ter sido evitadas com movimentos mais simples.
Outra vez apareceram erros de passe na saída de bola e falhas muito próximas da área na insistência pelo modelo de jogo, mesmo quando abrir mão, vez por outra, parecia mais seguro. Recuos perigosos para Lomba e saídas sem o efeito desejado pelo comando técnico tomaram o gramado do Pueblo Nuevo. No controle ao rival, da mesma forma, sobraram derrotas em duelos físicos, desprotegendo a meta gaúcha.
Tática: encaixe ofensivo no "modelo de goleadas"
O encaixe ofensivo foi destaque do Inter nos últimos jogos. O time se acostumou a empilhar goleadas e nunca desistir dos gols. Foi assim contra Olimpia, Táchira, Juventude, Aimoré, Esportivo, sempre criando e concluindo suas jogadas.
Mas, ao tentar mudar, "adaptar" sua equipe para jogar com Yuri Alberto e Thiago Galhardo juntos, Miguel Ángel Ramirez viu se perder a capacidade criativa do setor. Ainda que o time tenha produzido, esteve abaixo na comparação com o que já fez. Mesmo que leve em conta as diferenças do gramado, a necessidade de jogadores especialistas em atuar pelos lados, ou no setor de criação, é outro ponto a ser avaliado no decorrer dos trabalhos.
Peças 'quase insubstituíveis'
Por fim, Miguel Ángel Ramírez precisou conviver com a realidade de não ter jogador de característica semelhante a Edenilson para atuar no meio-campo. Com Nonato, sua equipe perde velocidade e mobilidade, e isso também freou o setor ofensivo.
Saravia, que recebeu chance pela direita, ainda mostrou claros sinais de falta de ritmo e impôs titularidade para Rodinei nos jogos decisivos que o time terá pela frente. E ainda que não venha tendo desempenho tão destacado, Palacios também faz falta pela direita.
Patrick, que seria alternativa também importante, ainda não completou seu prazo de recuperação. Portanto, seguirá fora nos próximos dias e poderá, quem sabe, ser relacionado para o jogo da próxima semana, contra o Olimpia.
O Inter começa a tentar o título gaúcho — que não vence desde 2016 — neste domingo (16), contra o Grêmio, no Beira-Rio.
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