Caetano diz que hoje a Colômbia não é palco ideal para receber partidas
Conseguir a primeira vitória fora de casa na atual edição da Libertadores e carimbar a vaga nas oitavas de final, com duas rodadas de antecedência, era a missão do Atlético-MG em solo colombiano. Contudo, a delegação do time mineiro não esperava que o cenário do duelo contra o América de Cali, disputado na cidade de Barranquilla, ganhasse contornos de 'palco de guerra'.
Em momento de manifestações populares contra o governo, a Colômbia vive dias tensos e de forte enfrentamento de populares com a polícia. No entorno do Estádio Romelio Martínez, inclusive, não foi diferente. Apesar dos barulhos de bombas e tiros, presentes durante todo o jogo, e também das paralisações da partida, devido o efeito do gás lacrimogêneo, o Atlético-MG fez sua parte e derrotou os mandantes por 3 a 1.
Antes do retorno ao Brasil, nesta sexta-feira (14), o diretor executivo Rodrigo Caetano se pronunciou sobre os fatos ocorridos na noite de ontem. Segundo ele, apesar da confusão nas proximidades do estádio, a delegação atleticana não passou por nenhum momento de desconforto com populares.
"Fomos muito bem recebidos, não tivemos nenhum tipo de problemas e só temos que agradecer à polícia de Barranquilla, também ao Júnior - equipe da cidade que abriu as portas do Centro de Treinamentos para os mineiros -, e ao próprio América de Cali, que também nos recebeu muito bem. Lamentamos os fatos ocorridos. Sabemos que é uma manifestação legítima do povo colombiano, da qual nós neste momento não temos nenhum tipo de participação, mas fomos diretamente afetados na questão do jogo em si", disse Caetano à TV Galo.
"Não é o ambiente desejado para a prática de futebol, longe disso. Entendemos que apesar de toda proteção e o cuidado da polícia e dos órgãos responsáveis pelo jogo, certamente, o palco ideal para esta partida não seria na Colômbia. Tínhamos outras opções, mas cumprimos a orientação da Conmebol. Procuramos de todas as formas isolar estes acontecimentos, para que não tivéssemos nenhum tipo de interferência no grupo", acrescentou o dirigente, que blindou os atletas dos noticiários locais.
Por fim, antes de virar a chave para o primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro, Caetano destacou que os fatos ocorridos em Barranquilla devem servir de exemplo para a Conmebol e que nunca mais se repitam.
No domingo (16), o Galo encara o América-MG, na Arena Independência. O jogo de ida da final do Estadual está marcado para às 16h e tem mando de campo do Coelho, comandado por Lisca. A volta será no sábado (22), três dias depois de o Atlético-MG enfrentar o Cerro Porteño, no Paraguai.
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