Presidente da Ferj faz críticas à prefeitura do Rio por multa ao Maracanã
Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), fez críticas à prefeitura do Rio de Janeiro após a Secretaria Municipal de Saúde afirmar que vai aplicar uma multa ao Maracanã devido à presença de público no Fluminense e Flamengo, primeiro jogo da final do Campeonato Carioca.
O órgão considerou que o fato de o jogo ter tido torcedores convidados foi uma "infração sanitária classificada como gravíssima", e apontou uma punição em R$14.060,72 à administração do estádio.
Segundo Rubens Lopes, "quando se trata do interesse da CBF e da Conmebol, nada é obstáculo" e avisou para aguardar o início do Campeonato Brasileiro para poder "ver que tudo passará a valer e ser possível".
"Quando se trata do interesse da CBF e da Conmebol, nada é obstáculo para se colocar cinco mil pessoas no estádio, de qualquer jeito, sem protocolo e sem qualquer cuidado que não seja a mímica do ilusionismo conveniente. Quando a ciência sucumbe à política ou a outros interesses, pouco se pode fazer. Aguardem o início do Campeonato Brasileiro e poderão ver que tudo passará a valer e ser possível", disse.
O mandatário da federação fez uma alusão a jogos da competição nacional que também receberam convidados, além de lembrar a final da Libertadores entre Palmeiras e Santos, que aconteceu em janeiro, no Maracanã, e recebeu cerca de cinco mil pessoas. Dias após o confronto, a Conmebol, organizadora da Libertadores, foi multada pela Vigilância Sanitária em R$ 14.060,74, sob a alegação de não ter cumprido as medidas de proteção. À época, a infração também foi considerada "gravíssima".
Durante a semana, já em meio à polêmica quanto à possibilidade de as finais do Carioca e da Taça Rio terem público, Rubens Lopes assegurou que o Maracanã tinha todos os elementos necessários e estava apto a receber torcedores.
A permanência de pessoas alheias às delegações em uma das arquibancadas no Maracanã no jogo de ontem (15) foi uma iniciativa da Ferj, que liberou 300 convites, 150 para cada clube. Segundo a federação, no total, 148 convidados estiveram presentes. O Fluminense garante que não utilizou a sua cota de entradas, versão contestada pela Ferj, enquanto o lado rubro-negro ficou visivelmente cheio.
No decorrer do jogo, puderam ser ouvidos cantos da torcida e gritos de incentivo, mas também houve desrespeito às medidas sanitárias em meio à pandemia de coronavírus, como a necessidade de distanciamento social e utilização de máscaras.
A presença de público nas respectivas decisões foi debatida ao longo da semana, após a Ferj publicar um documento que indicava tal possibilidade. O Flamengo se mostrou favorável, enquanto o Fluminense foi contra. Botafogo e Vasco também fizeram oposição e, desta forma, ficou firmado que, na Taça Rio, não haveria esta hipótese -- o primeiro jogo foi hoje (16), no Nilton Santos, e a volta será em São Januário.
A prefeitura, por sua vez, ao longo deste período, sempre afirmou que o decreto que impedia a presença de público, ainda que não pagante, em estádios permanece em vigor. Apesar de tal posicionamento, o Rubro-Negro e a Ferj buscam diálogo visando o segundo jogo da final, com o clube tendo, inclusive, enviado um protocolo aos órgãos municipais.
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