Ex-capitão no Santos, zagueiro lidera equipe de eSports em mundial
Aos 20 anos, o zagueiro brasileiro Kaique Rocha, da Sampdoria-ITA, é mais um desses "Meninos da Vila" que logo cedo chamam a atenção do futebol europeu e deixam o Brasil antes mesmo de se tornar conhecido da torcida santista. Ele começou a carreira no sub-13 do Santos, chegou a ser capitão nos times da base, mas nunca jogou na equipe principal - foi vendido em setembro de 2019 por R$ 5,7 milhões. E agora, além de brilhar nos campos, ele tenta ganhar terreno em outro mercado, o do e-Sports.
Em parceria com o atacante João Pedro, ex-Fluminense, e atualmente no Watford-ING, Kaique criou a Team Vikings — equipe brasileira de games. Especializada no Valorant — jogo de tiro em primeira pessoa, desenvolvido pela Riot Games — da Vikings, o time conquistou, no último dia 9, o bicampeonato do Valorant Challengers Brasil contra a Sharks Esports por 3-1 no placar de mapas e garantiu vaga no Masters Reykjavík na Islândia — o primeiro campeonato mundial do jogo.
Em entrevista ao UOL Esporte, Kaique que usa a experiência que, apesar da pouca idade, já tem no futebol para motivar sua equipe de Valorant, que teve de passar por reformulações no elenco antes de chegar ao Mundial na Europa.
"Em parte da reformulação [da equipe], eu tenho total parcela sobre isso. Porque eu e o João não montamos time para ficar com fama de perdedor. Na nossa primeira line, a gente não passava por fase qualificatórias. Na segunda line, a mesma coisa. Eles tinham problemas entre eles", disse.
"Eram jogadores de quem eu gostava muito, e tinha muita confiança, mas não deu muito certo. Eu e o João conversamos e falamos que ia ser tudo reformulado. Mantivemos só o gtn [o atleta Gustavo 'gtn' Moura] e foi uma semana para pensar nos nomes", completou.
A Vikings no Valorant é formada por Gabriel 'sutecas' Dias, Gustavo 'gtn' Moura, Gustavo 'sacy' Rossi, Leandro 'frz' Gomes e Matias 'saadhak' Delipetro.
Agora, com sua experiência no futebol e como capitão na base santista, Kaíque tenta motivar e ajudar sua equipe a lidar com a pressão antes de jogos importantes.
"Eu não preciso resolver problemas, mas gosto de estar junto. Assistindo aos treinos, trocando ideia com eles e coisas do tipo. A gente tem um psicólogo. Mas, em jogos importantes, eu gosto de conversar com eles. Fui capitão no mundo do futebol, sei como é liderar o time, pressão, psicológico", afirmou.
"Por motivação, eu tento manter a calma deles, passar hype para eles, porque eu passo por isso, sei como é não estar afobado e estar confiante, mas não passar esse excesso de confiança. Três campeonatos e três títulos", concluiu.
Agora o desafio da Vikings é representar o país da melhor maneira possível no Mundial de Valorant. O Masters da Islândia acontece do dia 24 ao 30 de maio, com 10 equipes — além da Vikings, a Sharks representa o Brasil — a premiação total é de US$ 600 mil (cerca de R$ 3,1 milhões).
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